O
escoamento de grãos pelos portos do Arco Norte do país deve crescer 13% neste
ano, para 42 milhões de toneladas. A estimativa é do diretor-executivo do
Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira.
Segundo o executivo do movimento, que
é ligado à Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso
(Aprosoja-MT), no ano passado o Arco Norte foi rota de exportação de 37,2
milhões de toneladas.
“O avanço é fruto de muitos
investimentos nos portos da região e contribui para reduzir um gargalo
logístico do país, que ainda é grande”, afirmou durante participação em
videoconferência. Ele disse que a exportação brasileira do complexo soja está
estimada em 104 milhões de toneladas neste ano.
Para Ferreira, o Brasil tem alcançado
resultados expressivos nos embarques para o mercado internacional, porém ainda
perde em competitividade para seus concorrentes que também exportam grãos
devido ao custo para deslocamento da safra, que é majoritariamente via modal
rodoviário.
“Nosso custo total para levar uma soja
de Sorriso (MT) a Xangai, na China, é de 101 dólares por tonelada; o
(agricultor) americano gasta 56 dólares”, comparou. Com base neste cálculo, ele
defendeu maiores investimentos na malha ferroviária do país.
Na mesma linha, o diretor
institucional da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura
(Frenlogi), Edinho Bez, destacou que, após a pandemia do coronavírus, a
infraestrutura e logística são segmentos que devem ser tratados pelo governo
como essenciais. “Só assim teremos a confiança e motivação dos empresários,
produtores e investidores (no país)”, acrescentou.
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