A crise
do novo coronavírus aumentou a preocupação de alguns países com a segurança
alimentar e contribuiu para acelerar processos de ampliação ou abertura de
mercados ao Brasil, principalmente na área de carnes, de acordo com avaliação
da ministra da Agricultura do Brasil. "Diante do atual cenário, algumas
medidas sanitárias, que muitas vezes tornam os processos mais demorados ou eram
usadas até como barreiras comerciais, estão sendo deixadas para trás",
disse a ministra Tereza Cristina em nota.
A exemplo disso, o Egito habilitou 42
unidades de carnes do Brasil em março, sendo 27 de frango e 15 da proteína
bovina, informou o ministério na última quinta-feira (9). O governo egípcio
renovou a habilitação de 95 empresas do setor (82 de carne bovina e 13 de carne
de frango) e ainda autorizou o início da importação de miúdos bovinos
brasileiros.
Em nota, a Câmara de Comércio
Árabe-Brasileira destacou que uma "flexibilização na questão
sanitária", além de uma melhora diplomática, ajudou nas novas
habilitações. Segundo a câmara, os países perceberam que "sem essa
flexibilização, a pandemia pode acarretar dificuldades de abastecimento".
Mas o órgão de comércio também
ressaltou a melhora na questão diplomática entre os governos do Egito e Brasil,
após a ida da ministra Tereza Cristina ao país duas vezes recentemente, com o
"estabelecimento de um diálogo contínuo". Ainda na área de proteína
animal, a Indonésia acertou com governo brasileiro uma cota extra de importação
de 20 mil toneladas de carne bovina, informou a pasta. O Kuwait abriu seu
mercado para a carne bovina brasileira, um país que importa poucos volumes, e
de carne com valor agregado, segundo o ministério.
A China atualizou a lista de unidades do
Brasil autorizadas a vender pescado para o país asiático, o que não ocorria
desde 2015. Agora, 108 estão habilitadas.
A ministra Tereza Cristina também destacou que o Brasil tem sido procurado por outros países que buscam produtos agrícolas e estão preocupados com um possível desabastecimento “pós-pandemia do coronavírus”, disse o comunicado. É caso da Malásia e Singapura que já entraram em contato com o governo brasileiro para retomar ou aumentar as importações de carnes de frango e bovina.
A ministra Tereza Cristina também destacou que o Brasil tem sido procurado por outros países que buscam produtos agrícolas e estão preocupados com um possível desabastecimento “pós-pandemia do coronavírus”, disse o comunicado. É caso da Malásia e Singapura que já entraram em contato com o governo brasileiro para retomar ou aumentar as importações de carnes de frango e bovina.
No primeiro trimestre de 2020, as
exportações brasileiras do agronegócio somaram 21,39 bilhões de dólares. Segundo
a pasta, a participação do setor agropecuário no total das exportações
brasileiras foi de 43,2%, superior aos 42% registrados em 2019. Somente na área
de carnes in natura (bovina, suína e frango), as exportações do trimestre somam
1,68 milhão de toneladas, alta de 9,4% ante igual período do ano passado. Com
os embarques de proteína animal, o Brasil faturou 4,03 bilhões de dólares de
janeiro a março, avanço de 17,6% em relação ao primeiro trimestre de 2019.
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