sexta-feira, 17 de abril de 2020

China determina quarentena de 14 dias às tripulações de navios de 13 países, mas Brasil não está incluído


         A China determinou uma quarentena de 14 dias às tripulações de navios de 13 países, entre eles Estados Unidos, França, Japão e Alemanha. A medida foi imposta objetivando evitar a entrada de estrangeiros contaminados com o novo coronavírus no país asiático.
         Com a restrição, parte dos 7 mil tripulantes dos quase 500 navios que chegam aos portos chineses todos os dias deve ser afetada, segundo informação da Administração de Segurança Marítima do país, o que poderá ter impactos negativos no comércio mundial, de acordo com consultorias privadas locais.
         O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Ribeiro, afirmou que a medida não afeta as exportações do agronegócio brasileiro para a China. “Não há falta de contêineres e o Brasil não está na lista de países sujeitos à quarentena de 14 dias”.
         Segundo ele, até o momento, o governo não observou nenhum movimento prejudicial às exportações brasileiras para qualquer país. Ribeiro afirmou, ainda, que o Ministério da Agricultura e demais órgãos da Esplanada acompanham a situação na China para avaliar possíveis impactos ao Brasil e que ainda não está claro se eles serão negativos ou positivos. Ele destacou, por exemplo, que há acúmulo de contêineres na China - que em nada prejudica o país -, mas que diversos concorrentes terão aumento no custo logístico com as novas restrições.
         Um comunicado emitido pelos adidos agrícolas brasileiros na China ressaltou a possibilidade de a que a medida implementada pelo governo de Xi Jinping resulte em novos problemas na logística marítima mundial. Conforme o texto é esperada uma nova onda de cancelamentos de viagens, o que poderá gerar uma “diminuição temporária da capacidade de remessa de cargas, com aumento dos preços dos fretes, mesmo quando a China e o resto do mundo começarem a se recuperar do impacto econômico da pandemia”.

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