O
coordenador do Movimento Pró-Logística, ligado à Aprosoja (Associação dos
Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso), Edeon Vaz, afirmou nesta
quarta-feira, 8, que não há nenhuma sinalização até o momento de que os
chineses vão deixar de comprar a soja brasileira. Na segunda-feira, 6, foi
divulgado que autoridades de Pequim
estariam preocupadas com a reação lenta de Brasíla no combate ao novo
coronavírus e que isto poderia impactar
a compra de produtos do país.
Segundo Vaz, o Brasil tem uma janela
de exportação com a China que vai de fevereiro a junho e que isso se mantém
todos os anos. Isso significa dizer que, durante este período, os chineses
compram os produtos brasileiros. Fora dessa janela, a China pode priorizar a
compra com os Estados Unidos ou Argentina, outros dois principais fornecedores
do mercado chinês.
Além disso, ele destaca que, entre a
soja norte-americana e a brasileira, os chineses preferem a soja produzida no
Brasil por ser mais rica em proteínas. Para Vaz, estratégias comerciais dos
chineses podem ter motivado as críticas sobre os produtos comercializados do
Brasil. De acordo com ele, as declarações negativas podem servir para a redução
dos preços dos produtos.
De acordo com o relatório da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre os impactos do
coronavírus na produção agropecuária no país, divulgado no último sábado (04),
a produção e comercialização de soja e milho seguem dentro da normalidade, após
preocupação com as condições logísticas. O destaque foi para a colheita do café
que pode ser impactada pela falta de mão de obra e cuidado com os trabalhadores
durante a pandemia do coronavírus.
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