quinta-feira, 9 de abril de 2020

Associação de Produtores nega impacto do coronavírus na exportação de soja para a China


         O coordenador do Movimento Pró-Logística, ligado à Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso), Edeon Vaz, afirmou nesta quarta-feira, 8, que não há nenhuma sinalização até o momento de que os chineses vão deixar de comprar a soja brasileira. Na segunda-feira, 6, foi divulgado que autoridades  de Pequim estariam preocupadas com a reação lenta de Brasíla no combate ao novo coronavírus e que isto poderia  impactar a compra de produtos do país.
         Segundo Vaz, o Brasil tem uma janela de exportação com a China que vai de fevereiro a junho e que isso se mantém todos os anos. Isso significa dizer que, durante este período, os chineses compram os produtos brasileiros. Fora dessa janela, a China pode priorizar a compra com os Estados Unidos ou Argentina, outros dois principais fornecedores do mercado chinês.
         Além disso, ele destaca que, entre a soja norte-americana e a brasileira, os chineses preferem a soja produzida no Brasil por ser mais rica em proteínas. Para Vaz, estratégias comerciais dos chineses podem ter motivado as críticas sobre os produtos comercializados do Brasil. De acordo com ele, as declarações negativas podem servir para a redução dos preços dos produtos.
         De acordo com o relatório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre os impactos do coronavírus na produção agropecuária no país, divulgado no último sábado (04), a produção e comercialização de soja e milho seguem dentro da normalidade, após preocupação com as condições logísticas. O destaque foi para a colheita do café que pode ser impactada pela falta de mão de obra e cuidado com os trabalhadores durante a pandemia do coronavírus.

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