quinta-feira, 9 de abril de 2020

Estudo da Cepal aponta que efeitos econômicos da pandemia serão mais fortes na América Latina


          Um relatório especial sobre o coronavírus (Covid-19) preparado pela CEPAL, apontou que a América Latina e o Caribe enfrentam a pandemia de uma posição mais fraca do que a do resto do mundo. Antes do surto, estimava-se que a região crescesse no máximo 1,3% em 2020.
          Agora, projeta-se uma queda de pelo menos 1,8% no PIB. Também não está descartado que o desenvolvimento da pandemia leve a previsões de contrações entre 3% e 4% ou mais. A CEPAL garante que o impacto econômico final dependerá das medidas tomadas nos níveis nacional, regional e global.
          Segundo o relatório, o coronavírus afeta a região através de cinco canais de transmissão externos. A diminuição da atividade econômica de seus principais parceiros comerciais, uma vez que a América Latina e o Caribe dependem de suas exportações.
          A queda nos preços dos produtos primários, porque a forte queda desses preços e a deterioração dos termos de troca terão fortes efeitos negativos nos níveis de renda das economias latino-americanas dependentes dessas exportações.
          A interrupção das cadeias de valor globais, uma vez que a ruptura das cadeias de suprimentos afetaria principalmente o México e o Brasil, cujos setores manufatureiros são os maiores da região. Menor demanda por serviços turísticos. Em particular, os pequenos estados insulares em desenvolvimento do Caribe podem ser bastante afetados.
          A intensificação da aversão ao risco e agravamento das condições financeiras globais. Isso implica em uma maior demanda por ativos seguros, uma menor demanda por ativos financeiros na região e uma depreciação significativa das moedas de seus países. (imagem do Centro Financeiro da Cidade do México)

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