sexta-feira, 1 de abril de 2016

Relatório mostra que essa é a década mais segura para se navegar, com queda de 45% nas perdas

         O relatório Global Corporate & Specialty (AGCS) divulgou que as ocorrências de navegações no ano passado tiveram uma redução de 3%, em relação a 2014. O documento, que analisa as perdas no setor de transporte marítimo em cargas acima de 100 toneladas brutas, revelou que foram verificados 85 danos em todo o mundo em 2015 contra 88 em 2014. Mostrou, ainda, que essa foi a década mais segura para se navegar: desde 2006, com queda de 45% nas perdas.
         As disparidades por região, contudo, seguem em estatísticas estáveis quando mais de um quarto das ocorrências foram registradas na região do Sul da China, Indochina, Indonésia e Filipinas (22 embarcações). Os dados apontam que a área teve aumento de perdas, se comparados ao ano anterior – com 18 registros.
         No Brasil, os dados da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) indicam que, em 2015, sinistros envolvendo transporte marítimo de carga acumularam mais de R$ 276 milhões. Relacionados aos danos das embarcações, são registrados cerca de R$ 200 milhões.
         A categoria de embarcações de carga e pesca foi a que mais apresentou ocorrências globalmente, sendo correspondente a 60% das perdas mundiais, com aumento pela primeira vez em três anos. A causa mais comum para estes dados é afundamento das embarcações (75%), que teve aumento de 25%, normalmente decorrente de más condições climáticas. De acordo com o relatório, globalmente, houve 2.687 acidentes marítimos (incluindo perda total) em 2015 – queda de 4%, comparado ao ano anterior.
         Economia fraca, condições do mercado, preços de commodities e excesso de embarcações estão pressionando custos e aumentando preocupações com segurança. De acordo com observações da AGCS, a frequência de perdas no último ano podem indicar reflexos deste cenário. Manutenções de embarcações sendo prolongadas por conta de custos, investimentos para condições básicas de tripulação e segurança de passageiros, equipamentos de resgate e falta de treinamento complementar com navegação eletrônica se apresentam como alguns fatores que tem se apresentado abaixo do padrão ideal para segurança, elevando os riscos.

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