sexta-feira, 15 de abril de 2016

FGV diz que PIB brasileiro recuou 4,1% nos últimos 12 meses

         A atividade econômica acumula retração de 4,1% nos 12 meses encerrados em fevereiro, mesmo resultado apresentado em janeiro, de acordo com os dados do Monitor do PIB, divulgados nesta sexta-feira (15) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Nesse tipo de comparação, o indicador está negativo há 14 meses consecutivos.
         Sob a ótica da demanda, o pior resultado foi o da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), com recuo de 15,0%. O componente 'máquinas e equipamentos' apresenta queda de 29,8% em 12 meses. Já o Consumo das Famílias diminuiu 4,3% nos 12 meses encerrados em fevereiro, tendo os Serviços (transportes, outros serviços, aluguéis, etc.) - seu principal componente, com cerca de 50% de peso - com ligeira queda de 0,1%. Segundo componente mais importante, os bens não duráveis diminuem 3,0%. Os bens semiduráveis caem 8,3% em 12 meses, enquanto os bens duráveis encolhem 23,2%.
         Quanto às exportações, a taxa acumulada em 12 meses até fevereiro cresce 9,0%. Segundo a FGV, merecem destaque: o contínuo avanço dos produtos industrializados desde novembro, alcançando 9,1% em fevereiro, com relevante resultado dos bens de consumo duráveis (19,8%); e os desempenhos favoráveis dos produtos agropecuários (25,2%) e da extrativa mineral (17,0%).
         No caso das importações, a taxa acumulada em 12 meses até fevereiro recua 16,0%. Os produtos industrializados importados caíram 16,3%, com recuos mais acentuados para os bens de consumo duráveis (-27,2%); os bens de capital (-18,5%); e os bens intermediários (-17,7%).
         Em relação a fevereiro do ano passado, a taxa mensal do Monitor do PIB, de -3,7%, ficou menos negativa que a de janeiro (-6,2%). No entanto, entre as 12 atividades que compõem o PIB, apenas eletricidade (+3,7%), intermediação financeira (+0,5%) e serviços imobiliários (+0,4%) registraram avanço contra igual mês do ano anterior. As perdas mais agudas foram da indústria de transformação (-10,1%), comércio (-8,6%) e serviços de informação (-6,8%).

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