sexta-feira, 15 de abril de 2016

Executivos da HPC Hamburg Port Consulting estudam viabilidade de construir porto na Guiana para escoar produção brasileira

         Os executivos Peter Cardebring, Andreas Nohn e Gabriel Debellian, da empresa alemã HPC Hamburg Port Consulting Gmbh, especializada em logística portuária, visitaram Boa Vista, em Roraima, nessa semana para captar informações sobre a capacidade econômica e logística do Estado. Eles explicaram que o objetivo da missão é elaboração um projeto para estudar a viabilidade econômica da construção de um porto na Guiana e parte da rodovia que interliga a capital guianense, Georgetown, a Boa Vista, em Roraima.
       Os três executivos cumpriram agenda de reuniões com empresários, gestores do Executivo estadual e entidades públicas e privadas. Os encontros aconteceram na Seplan (Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento). O objetivo da empresa germânica, contratada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), é de também buscar neste projeto a capacidade de produção dos estados do Amazonas e Roraima.
         Segundo o diretor de Comércio Exterior da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento, Eduardo Oestreicher, se o projeto de viabilidade econômica for satisfeito em seus requisitos, eles irão iniciar a construção ainda em data a ser definida. O projeto será apresentado ao Governo da Guiana para uma possível parceria público-privada.
       “Essa seria uma saída do Brasil para outros blocos econômicos. Para o Estado de Roraima é muito interessante por que é mais uma janela de oportunidades que teremos tanto para a aquisição de insumos quanto para a produção e escoamento de produtos agropecuários que o estado venha a gerar em escala”, disse.
        “Para a parceria acontecer o projeto de construção da estrada precisa apresentar uma taxa de retorno interessante para o Governo da Guiana e empresas globais estrangeiras ou brasileiras. A questão é definir se o governo da Guiana já tem definido juridicamente a possibilidade destas parcerias.”, finalizou Oestreicher.
       O secretário Alexandre Henklain apresentou as potencialidades de consumo e exportação da Venezuela e Guiana, região geoeconômica, como por exemplo, o baixo preço de insumos como ureia e calcário.
       Outro ponto tratou sobre o potencial hidroenergético da Guiana. “Vemos com bastante interesse se esses projetos possam ser concretizados, pois a saída ao mar pela Guiana é a nossa rota mais curta”, disse Henklain.

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