A Portonave (Terminais Portuários de Navegantes) movimentou mais de 202 mil teus no último trimestre, consolidando-se na liderança entre os portos de Santa Catarina e como um dos mais importantes do país. O resultado, confirmado pela divulgação do balanço da empresa, foi ainda mais expressivo por ter sido obtido em uma época de retração econômica, em que a maioria dos terminais enfrenta queda nas operações.
A conquista de novos parceiros comerciais desde o segundo semestre de 2015 tem feito o terminal passar pela crise em mar de almirante. Desde agosto, seis novas linhas internacionais e uma de cabotagem passaram a operar no terminal, com destaque para a exportação de carnes congeladas e madeira.
Parte dessas linhas veio do Porto de Itajaí que, impactado pela engessada legislação dos portos públicos, perdeu competitividade no último ano. Enquanto a margem de Itajaí aguarda decisões em Brasília para fazer novos investimentos, em Navegantes o porto dobrou a capacidade de armazenagem de contêineres e registrou novos recordes de produtividade, com uma média de 111,6 movimentos por hora (mph).
O diretor-superintendente da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, comemorou os resultados, acompanhando de perto o comportamento do mercado. Embora o mês de abril esteja dentro das expectativas do terminal, os próximos ainda são uma incógnita, na avaliação do dirigente.
A crise política tem obrigado a um planejamento estratégico de curto prazo, seguindo o posicionamento do trade portuário. Ao mesmo tempo, nos bastidores, a administração do terminal segue negociando a vinda de novas linhas
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