quinta-feira, 28 de abril de 2016

Expansão do transporte de cargas por ferrovias é de 25% nos últimos anos

         O transporte de cargas por ferrovias apresentou expansão de 25%  nos últimos anos, embalado especialmente pelas obras de infraestrutura realizadas no setor. A movimentação de soja de Mato Grosso até o Porto de Santos (SP), por exemplo, ganhou espaço e já responde por 50% da leguminosa que vai do estado para o complexo paulista.
          Em operação há três anos, o Terminal Ferroviário de Rondonópolis mostra intensa movimentação nesta época. Mais de mil caminhões carregados passam diariamente por lá e trazem uma produção que levanta poeira nos tombadores e que, em seguida, vai parar dentro dos vagões. O embarque é feito em duas linhas simultaneamente, que trabalham em ritmo acelerado. Juntas elas dão conta de encher, em média, 33 vagões por hora, cada um deles com 85 toneladas de soja.
          Apesar de ter tomado grande espaço nos últimos anos, o caminhão ainda tem papel importante nesse transporte, já que movimenta pelo menos metade dessa soja. “A dificuldade maior de produtores que vêm com a ferrovia é que você tem dois tombos com mercadoria, tem que carregar com o caminhão e tem que levar até a ferrovia para traslado por trem e então levar para o porto. Isso encarece um pouco”, explica Helvio Fiedler, diretor-executivo da Coabra (Cooperativa Agroindustrial do Centro Oeste).
         O Terminal Ferroviário de Rondonópolis registra filas enormes para embarque, isso já explica o motivo do trabalho constante. “Saem por dia deste terminal sete composições com 80 vagões. Então nós estamos falando em um volume aproximado de quase um navio por dia que sai de grãos aqui dos nossos terminais de Mato Grosso e vão para Santos”, conta Fabrício Degani, diretor de portos e terminais da Rumo/All.
         Degani comenta ainda que nesse primeiro trimestre do ano já foram pouco mais de 3 milhões e meio de toneladas se comparado com o primeiro trimestre do ano passado. “A gente tem 1 milhão, 1,2 milhão de toneladas mais”, completou.
         Sem revelar o valor do frete, a concessionaria afirma que é mais barato que o rodoviário, hoje R$ 240 por tonelada entre Rondonópolis e Santos. “Em torno de 90% do volume que segue para exportação pelo Porto de Santos chega até lá pela ferrovia”, afirma o gerente, destacando ainda as vantagens do transporte por trem. “Sem dúvida ele faz diferença porque commodity você tem que ganhar performance. Quando você tem plena capacidade de performance. Ele se traduz automaticamente no bolso”.

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