segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Wilson Sons Logística quer a liderança na operação de cabotagem em Suape


         A Wilson Sons Logística está diversificando os tipos de cargas que opera, uma forma de expandir o negócio e compensar a queda no comércio exterior de contêineres. A unidade localizada na retaguarda do porto de Suape (PE) recebeu autorização em outubro para operar cargas da navegação doméstica (cabotagem), mercado que tem aumentado e ajudado a sustentar os volumes portuários no Brasil neste ano. O objetivo da empresa é ser líder na operação dos volumes de cabotagem que passam pelo porto pernambucano, mas não só de contêineres.
         A Wilson Sons Logística aposta também no fluxo doméstico das cargas de projeto, assim conhecidas as peças de grandes dimensões. Recentemente criou um departamento para cuidar do nicho. Apesar de o departamento atender às duas plataformas regionais da companhia (além de Suape a empresa tem uma plataforma paulista), haverá uma priorização inicial para a unidade do Nordeste, onde o mercado de cargas de projeto está muito aquecido devido à construção de parques de energia eólica.
         Segundo o diretor executivo da companhia,Thomas Rittscher III,  a meta é responder por pelo menos 50% do movimento de carga de projeto do porto de Suape. "No contêiner a empresa tem hoje cerca de 10% da fatia movimentada no porto. Os volumes são basicamente carga de importação, onde atua mais fortemente", explicou o executivo.
         O diretor ressaltou que a estratégia da empresa é ser um provedor logístico completo. A plataforma de Suape tem cerca de um ano de operação. O complexo é chamado de plataforma porque reúne centro de distribuição, porto seco - armazém alfandegado pela Receita Federal onde são adiantados procedimentos de comércio exterior - e transporte rodoviário integrado.
         "Apesar desse pessimismo geral, temos enxergado oportunidades. E um fator importante é que estamos com a perspectiva de ser um operador logístico, de achar soluções customizadas integrais para o nosso cliente, e não apenas com nossos ativos", disse o executivo. Entre esses serviços, está, por exemplo, soluções "in house", feitas nas empresas dos clientes.
         A unidade da Wilson Sons fica a um quilômetro da entrada do porto de Suape e a dez quilômetros do cais. Segundo o executivo, "o desenho da plataforma logística" leva em conta também um terminal portuário, por onde a carga entra e sai. "É fundamental", afirmou Rittscher.
         O grupo ainda não possui ativo no porto de Suape e "tem total interesse" em participar da licitação do novo terminal de contêineres que será arrendado. A licitação promete ser uma das mais disputadas do programa de modernização portuária do governo. Consta do segundo bloco de arrendamentos, que reúne 21 áreas e cujos editais devem ser lançados no primeiro semestre de 2016.

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