quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Petrobras reduz demanda e deixa cerca de 30 barcos offshore parados


         A indústria de apoio marítimo, prestadora de serviços às petroleiras, vive momento de incerteza. Há hoje cerca de 30 barcos offshore de bandeira brasileira parados, os quais foram financiados em cerca de US$ 1 bilhão pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), principal fonte de financiamento do setor, estima a Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam). Com parte da frota parada, há risco de empresas terem de renegociar condições de financiamento com os agentes financeiros do FMM (BNDES, Caixa e BB). A frota brasileira parada equivale a 8% dos cerca de 370 barcos offshore, entre brasileiros e estrangeiros, em operação no país, disse a Abeam.
         "Temos situação em que os barcos ficam no limbo, sem serem utilizados", disse Ronaldo Lima, presidente da Abeam. A entidade cobra "previsibilidade" de demanda pela Petrobras, a principal cliente. Segundo a Abeam, houve cancelamento de contratos de afretamento de barcos estrangeiros este ano. Outro problema, segundo a entidade, é a indefinição de novas contratações, pela estatal, envolvendo barcos brasileiros e estrangeiros.
         A situação é resultado da queda no preço do petróleo, que reduziu a demanda das petroleiras por equipamentos e afetou a indústria de serviços. A dificuldade afeta a indústria offshore no mundo (ver a reportagem DNB prevê equilíbrio entre oferta e demanda em 2018). No Brasil, há o agravante de a Petrobras enfrentar as denúncias da Lava-Jato, que, na visão do setor privado, tem retardado a tomada de decisões.

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