quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Safmarine acredita em expansão mas vê cenário ainda negativo na economia

         O diretor-presidente da Safmarine no Brasil, Dirk Van Hoomissen, lamentou o ano turbulento por causa da crise econômica por que passa o país e a severa desvalorização do real e disse que devido a essa situação as importações estão em baixa. "Por conta, principalmente, da perda de confiança do consumidor", atribuiu.
         A posição da companhia é de que a diversificação econômica para impulsionar a produção interna é fundamental, mas o investimento em infraestrutura é necessário para apoiar o crescimento do PIB. Nesse sentido, a expectativa da Safmarine para 2015 no que se refere a economia, é que o setor deverá se expandir em 3,5%.
          No caso das exportações, em que os preços ainda estão em alta, também ajudado pela desvalorização do real, o preço de alguns produtos ainda aparece em um nível mundial mais baixo. “O panorama ainda é negativo e preocupante”, ressalta o executivo.
          Para ele, o cenário se mantém no segundo semestre e não muda em 2016. “As oportunidades, em relação a África são de extrema importância porque qualquer oportunidade de crescimento para o Brasil é essencial e é aí que a África começa a se encaixar. Então se o Brasil tem a intenção de crescer de novo ou mudar esse cenário das importações baixas, ele precisa buscar por oportunidades”, destacou Hoomissen, acrescentando que esse é o momento do Brasil ampliar seu escopo e continuar explorando as oportunidades com o continente africano.
          Também atuando em outros continentes, o executivo destaca que o maior fluxo de comércio do Brasil ainda é com a Ásia, seguido pela Europa. Porém, Hoomissen explica que esses já são comércios fortes na agenda do Brasil, e que o momento é de buscar oportunidades com outros continentes e outros mercados.
          “Eles já têm acordos e relações fortes com esses continentes e isso vai continuar e sem dúvida é importante. Mas também é importante que fiquemos de olho em novas oportunidades, porque Europa e Ásia vão continuar, falo isso porque se o Brasil não fizer, com certeza outro país fará. A Ásia e a Europa também têm relacionamento forte com a África, e eles vão reforçar ainda mais isso”, ressaltou.
          Quanto às expectativas para o ano no mercado em geral, ele prevê que o Brasil tenha um crescimento negativo tanto em 2015 quanto em 2016. “Com relação a África a expectativa é de um crescimento de dois dígitos. Esse ano estamos em 8%, mas se olharmos para o crescimento no segundo trimestre foi de 18%. E nós temos a esperança de que esse crescimento vai continuar por volta de dois dígitos esse ano e no ano que vem também”, observou.



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