segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Congestionamento de navios no Canal do Panamá começa a diminuir

         O acúmulo de navios que atingiu o Canal do Panamá desde outubro ainda permanece acima da média. Mas as autoridades portuárias relataram que os prazos de espera começaram a diminuir, desde que medidas foram tomadas para agilizar o tráfego nas vias de acesso.
          Na quarta-feira (18), havia 10 navios em trânsito e 16 ancorados, dos quais 12 estavam do lado Atlântico e 4 no do Pacífico. Os números já reduziram consideravelmente desde duas semanas atrás, quando dados da AIS Live demonstravam pelo menos 20 embarcações ancoradas em cada lado do canal.
          As autoridades locais atribuíram os atrasos, em sua maioria, ao afluxo de navios de tamanho acima da média, ao aumento fora de época do tráfego para a Costa Oeste norte-americana e a condições climáticas ligadas ao El Niño.
          A administração do canal não soube precisar, contudo, quando esperam resolver totalmente os problemas de atraso. Mesmo assim, anunciaram planos para aumentar os esforços visando a diminuir o congestionamento. A partir de sexta-feira, somente seis slots — em vez dos tradicionais oito — serão oferecidos a navios regulares com boca abaixo de 91 pés. Serão também limitados os serviços just-in-time para um navio em cada um dos sentidos, tanto no caso de supernavios quanto regulares.
          As últimas medidas vieram uma semana após a autoridade portuária ter adiado um serviço regular de manutenção nas eclusas, modificando o sistema de agendamento e cancelando as restrições para dragagem, ao mesmo tempo em que designou equipes extras para operar rebocadores e as próprias eclusas. “Estamos trabalhando a todo vapor para melhorar a situação, porém o processo é lento”, disse o administrador e CEO do canal, Jorge L. Quijano.
          O congestionamento teve início no mês passado, de acordo com o porta-voz do transitário OEC Group, que precisou justificar atrasos a seus clientes. O mesmo aconteceu com a Cosco na última semana, que precisou informar aos clientes que vários navios haviam se atrasado, ou sofrido algum impacto com o congestionamento. O Cosco Auckland, por exemplo, foi vítima de um atraso de 10 dias, enquanto o Cosco Boston já enfrenta nove dias atrás da programação.
          Diante da mesma situação, a CMA CGM anunciou a possibilidade de cancelar o serviço Manhattan Bridge, extinguindo a rota para os portos de Nova Iorque – Nova Jersey e Virgínia, operada pelo navio Amalthea “devido a questões operacionais resultantes dos atrasos no tráfego do Canal do Panamá”.

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