segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Paranaguá terá projeto pioneiro de identificação e rastreamento de mercadorias


         O professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Caio Fernando Fontana, disse que por ser o porto com maior grau de informatização do Brasil, Paranaguá receberá um projeto-piloto do Sistema Nacional de Identificação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias, o Brasil-ID. O sistema do Ministério da Ciência e Tecnologia usa identificação por radiofrequência (RFID) e acessórios integrados para controle fiscal de mercadorias em produção e circulação pelo País.
          Segundo Fontana, o controle é feito com um microchip instalado nos caminhões das transportadoras e nos produtos. Também são instaladas antenas de transmissão no porto e estradas, que permitem monitorar o trajeto. Com isso, é possível automatizar a transmissão de dados fiscais, além de facilitar a logística dos veículos no acesso às áreas alfandegadas e até rastrear as cargas e automóveis em caso de roubo.
         Com o chip, o caminhão sai da área do porto já com todas as informações da carga, remetente, destino final e tributação. Desta forma, não perde tempo ao parar nos postos fiscais, além de garantir que as informações prestadas são corretas.
         “Este padrão único para identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias em produção e circulação é fundamental para o desenvolvimento e a segurança de todos os órgãos envolvidos no processo de logística”, ressaltou o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.
         As informações sobre o Brasil-ID foram apresentadas em um workshop nesta quinta-feira (26), na sede da Appa. O evento, organizado pelo Ministério Público do Paraná em parceria com o Programa Cidades do Pacto Global das Nações Unidas, serviu para esclarecer o funcionamento do sistema e as suas interações entre os órgãos públicos e o setor privado.
         “O Porto de Paranaguá é referência em informatização no Brasil, o que nos garante uma melhor aplicação das ferramentas de controle fiscal e logística nas operações”, destacou o professor da Unifesp, que coordenou um trabalho de otimização de entrada e saída de caminhões de fertilizantes no Porto de Paranaguá.
         Ele contou que o sistema interligado com o mesmo padrão de comunicação em escala nacional - por meio de chips, antenas, pedágios ou balanças - reduz os custos de implantação e traz benefícios para todos os setores envolvidos. “Isso permite uma integração nas operações, já que com o mesmo chip é possível pagar o pedágio na BR-277, utilizar a balança do porto de Paranaguá e passar pela fiscalização do ICMS no Mato Grosso, por exemplo”, explicou Fontana.

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