O grupo de trabalho que
compõe o Plano de Área do complexo portuário, juntamente as autoridades
ambientais, realizou monitoramento via marítima e terrestre após o vazamento do
óleo de abastecimento do navio Dimitris L, atracado no cais da Termasa, na noite
de 13 de novembro. A vistoria focou em avaliação de fauna e também de possíveis
focos de óleo livre.
Segundo avaliação realizada por órgãos como
Centro de Recuperações de Animais Marinhos CRAM, Nema, Patram e Ibama, em
vistoria aquática, não foram avistados animais com situações graves de óleo,
sendo apenas, algumas aves com pequenas manchas, mas que pela avaliação
realizada não há risco aos animais. Com relação ao REVIS do Molhe Leste, local
em que ficam os leões marinhos, equipe esteve no local e constatou que não há
presença de óleo nem animais com alguma mancha aparente.
Por terra, equipes estiveram avaliando a
situação nas proximidades dos berços dos terminais da região, bem como dos
Molhes da Barra. A tecnologia auxiliou no processo de monitoramento. Foram
realizados voos com drone avaliando a situação no período da manhã e da tarde
confirmando no modo macro que não há presença de óleo livre no canal de acesso.
Foram vistoriados os pontos considerados pelo
grupo de trabalho como áreas de atenção: os terminais da Termasa, Tecon, outros
atracadouros do entorno e os Molhes da Barra em ambos os braços. A
Superintendência segue atenta realizando os monitoramentos por água, terra e ar
para garantir que a área está em constante observação.
Ao final da tarde deste sábado, 16, foi
realizada nova reunião de trabalho do grupo que forma o Plano de Área do Porto
do Rio Grande, bem como, dos órgãos ambientais que fiscalizam a operação de
monitoramento, absorção e retirada do óleo vazado do abastecimento do navio
Dimitris L, na noite de 13 de novembro. No encontro, foi verificado que as
ações traçadas na véspera foram cumpridas.
Segundo a empresa Hidroclean, neste sábado,
16, foram concluídas as operações de retirada de óleo livre na região do Tecon.
Os focos de combate agora passam a ser em combater as áreas que estão sujas
pelo contato com o óleo como pedras, estacas e o píer, o que exige cuidados.
Segundo o Ibama, o recomendável é que seja feito com jato de água de baixa
pressão com contenção e posterior recolhimento do material.
Com relação ao navio Dimitris L, o comandante
informou em relatório oficial que foi concluída a limpeza completa da
embarcação e que os resíduos sólidos gerados estão com a retirada agendada para
a próxima segunda-feira, 18. Essa retirada se dará por empresa especializada.
Passado o ocorrido e os esforços emergenciais
de combate ao vazamento e ao óleo, a Cranston Marine and P&I Consultants
entregou a Carta Garantia para cobrir os custos operacionais e humanos
empregados na operação do Plano de Área. Esse processo faz parte dos seguros
obrigatórios do processo operacional do transporte marítimo e foi prontamente
atendido pelos agentes e seguradores da embarcação no Brasil.
Definido pelo grupo de trabalho, os esforços
dos próximos dias serão concentrados nas limpezas possíveis por condições de
maré e climáticas, novos monitoramentos de fauna, bem como, de possíveis pontos
de óleo ao longo do canal, mesmo que sejam pequenas as chances de novos
aparecimentos. A Superintendência segue a disposição da comunidade.
Na tarde do dia 15 de novembro de 2019 um
exemplar de tartaruga-de-couro (Dermochelys coreacea) encalhou viva na praia do
Cassino entre a estátua de Iemanjá e o Molhe da Barra do Rio Grande. Em ação
conjunta entre o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM-FURG), o
Projeto Caminho Marinho e o Ibama, o animal foi resgatado e encaminhado para
reabilitação.
A tartaruga que se encontrava bastante
debilitada e com poucos reflexos, não resistiu e veio a óbito durante a noite.
O CRAM realizou a necropsia para determinação da causa morte, onde foi
constatado afogamento e obstrução do trato intestinal por conteúdo plástico.
Nenhum indício de óleo foi encontrado no corpo do exemplar demonstrando que não
há referência entre os dois episódios.
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