segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Grupo de trabalho monitora vazamento de óleo em abastecimento de navio em Rio Grande


          O grupo de trabalho que compõe o Plano de Área do complexo portuário, juntamente as autoridades ambientais, realizou monitoramento via marítima e terrestre após o vazamento do óleo de abastecimento do navio Dimitris L, atracado no cais da Termasa, na noite de 13 de novembro. A vistoria focou em avaliação de fauna e também de possíveis focos de óleo livre.
        Segundo avaliação realizada por órgãos como Centro de Recuperações de Animais Marinhos CRAM, Nema, Patram e Ibama, em vistoria aquática, não foram avistados animais com situações graves de óleo, sendo apenas, algumas aves com pequenas manchas, mas que pela avaliação realizada não há risco aos animais. Com relação ao REVIS do Molhe Leste, local em que ficam os leões marinhos, equipe esteve no local e constatou que não há presença de óleo nem animais com alguma mancha aparente.
        Por terra, equipes estiveram avaliando a situação nas proximidades dos berços dos terminais da região, bem como dos Molhes da Barra. A tecnologia auxiliou no processo de monitoramento. Foram realizados voos com drone avaliando a situação no período da manhã e da tarde confirmando no modo macro que não há presença de óleo livre no canal de acesso.
       Foram vistoriados os pontos considerados pelo grupo de trabalho como áreas de atenção: os terminais da Termasa, Tecon, outros atracadouros do entorno e os Molhes da Barra em ambos os braços. A Superintendência segue atenta realizando os monitoramentos por água, terra e ar para garantir que a área está em constante observação.
        Ao final da tarde deste sábado, 16, foi realizada nova reunião de trabalho do grupo que forma o Plano de Área do Porto do Rio Grande, bem como, dos órgãos ambientais que fiscalizam a operação de monitoramento, absorção e retirada do óleo vazado do abastecimento do navio Dimitris L, na noite de 13 de novembro. No encontro, foi verificado que as ações traçadas na véspera foram cumpridas.
        Segundo a empresa Hidroclean, neste sábado, 16, foram concluídas as operações de retirada de óleo livre na região do Tecon. Os focos de combate agora passam a ser em combater as áreas que estão sujas pelo contato com o óleo como pedras, estacas e o píer, o que exige cuidados. Segundo o Ibama, o recomendável é que seja feito com jato de água de baixa pressão com contenção e posterior recolhimento do material.
      Com relação ao navio Dimitris L, o comandante informou em relatório oficial que foi concluída a limpeza completa da embarcação e que os resíduos sólidos gerados estão com a retirada agendada para a próxima segunda-feira, 18. Essa retirada se dará por empresa especializada.
       Passado o ocorrido e os esforços emergenciais de combate ao vazamento e ao óleo, a Cranston Marine and P&I Consultants entregou a Carta Garantia para cobrir os custos operacionais e humanos empregados na operação do Plano de Área. Esse processo faz parte dos seguros obrigatórios do processo operacional do transporte marítimo e foi prontamente atendido pelos agentes e seguradores da embarcação no Brasil.
        Definido pelo grupo de trabalho, os esforços dos próximos dias serão concentrados nas limpezas possíveis por condições de maré e climáticas, novos monitoramentos de fauna, bem como, de possíveis pontos de óleo ao longo do canal, mesmo que sejam pequenas as chances de novos aparecimentos. A Superintendência segue a disposição da comunidade.
      Na tarde do dia 15 de novembro de 2019 um exemplar de tartaruga-de-couro (Dermochelys coreacea) encalhou viva na praia do Cassino entre a estátua de Iemanjá e o Molhe da Barra do Rio Grande. Em ação conjunta entre o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM-FURG), o Projeto Caminho Marinho e o Ibama, o animal foi resgatado e encaminhado para reabilitação.
       A tartaruga que se encontrava bastante debilitada e com poucos reflexos, não resistiu e veio a óbito durante a noite. O CRAM realizou a necropsia para determinação da causa morte, onde foi constatado afogamento e obstrução do trato intestinal por conteúdo plástico. Nenhum indício de óleo foi encontrado no corpo do exemplar demonstrando que não há referência entre os dois episódios.

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