O Brasil fechou acordo com
a China que viabiliza a exportação de melão para o país asiático. Em
contrapartida, os chineses poderão vender pera para o mercado brasileiro. Os
atos foram firmados na quinta-feira, 14, após reunião bilateral dos presidentes Jair Bolsonaro e Xi
Jinping, dentro da XI Cúpula do Brics, realizada
em Brasília e contou coma presença da ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina.
O acordo para exportação de melão é simbólico, pois se trata do primeiro
entendimento com a China sobre frutas. Além da diversificação da pauta
exportadora agrícola para a China (a maioria das vendas é de soja e carne), o
protocolo tem potencial de alavancar a fruticultura brasileira, principalmente
da Região Nordeste, que hoje direciona as vendas externas para a Europa.
"Os acordos assinados e os protocolos de intenção serão potencializados
por nós para o bem dos nossos povos. A China cada vez mais faz parte do futuro
do Brasil", disse o presidente Jair Bolsonaro após a cerimônia de atos.
A medida foi negociada durante recente visita do presidente Bolsonaro e da
ministra Tereza Cristina à China. A ministra disse que as negociações com os
chineses vão além dos acordos assinados hoje. Segundo ela, os dois países
acertaram o certificado sanitário para a exportação de farelo de algodão
brasileiro e negociam a exportação de farelo de soja e a ampliação das vendas
de café brasileiro para os chineses.
"Temos um plano de trabalho conjunto entre as agriculturas brasileira e
chinesa. Já temos vários entendimentos em andamento das nossas visitas, mas a
parceria com a China fica mais robusta com a reunião de hoje", afirmou a
ministra. Foi firmado também plano de ação para colaboração agrícola, que prevê
transferência de tecnologia, inovação, atração de investimentos e promoção
comercial entre os dois países.
Presidida pelo presidente Jair Bolsonaro, a XI Cúpula do Brics aconteceu em
Brasília nesta semana. Participaram o presidente Vladimir
Putin (Rússia), o primeiro-ministro Narendra Modi (Índia), o presidente Xi
Jinping (China) e o presidente Cyril Ramaphosa, da África do Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário