Seis
operadoras portuárias confirmaram que disputam a exploração temporária das três
áreas do Cais do Saboó, na Margem Direita do Porto de Santos. Os terrenos foram
liberados para leilão pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a
autoridade portuária, em setembro passado.
A identidade dessas empresas foi
revelada pela Docas nesta semana. São a Termares, Brasil Terminal Portuário
(BTP, que já conta com um terminal arrendado ao lado do Cais do Saboó), Santos
Brasil (arrendatária do Terminal de Contêineres, o Tecon, e do Terminal de
Exportação de Veículos, o TEV, ambos em Guarujá), Portonave, SE7Port e
Reliance.
Essas operadoras apresentaram ofertas
para explorar as áreas – consideradas nobres, mas que estão sem uso desde que
foram devolvidas por seus antigos arrendatários, o Terminal Marítimo do Valongo
e a Rodrimar. Os terrenos, que ficam um ao lado do outro, poderão ser
utilizados pelas empresas escolhidas enquanto os processos licitatórios para
novos arrendamentos não são concluídos pela Docas, ou pelo prazo máximo de 180
dias - o que ocorrer primeiro.
Segundo a autoridade portuária, a
Área 1, com 19 mil metros quadrados, é disputada pela Santos Brasil (que
ofereceu uma remuneração mensal mínima de R$ 107,45 mil), pela BTP (com R$
106.389), pela SE7Port (R$ 105.170), pela Portonave (R$ 104.776) e pela
Termares (R$ 103.920).
A Área 2, que ocupa 42 mil metros
quadrados, teve ofertas da Santos Brasil (R$ 247,4 mil como remuneração mensal
mínima), da BTP (R$ 235.145), da Portonave (R$ 231.580), da Termares (R$
229.620) e da SE7Port (R$ 24.040). Já a Área 3, com cerca de 21 mil metros
quadrados, tem como interessadas BTP (R$ 117.546), Portonave (R$ 115.764),
SE7Port (R$ 115.530), Reliance (R$ 115 mil) e Termares (R$ 114.869).
A Codesp informou que, de acordo com o
edital da concorrência, as operadoras poderão apresentar uma única oferta final
na quarta-feira (13), das 12h às 16h. As propostas serão avaliadas pela Docas
considerando critérios de exequibilidade, aderência da estrutura financeira aos
parâmetros de mercado para a carga a ser movimentada, valor ofertado (soma do
arrendamento fixo e do variável) e potencial de receitas tarifárias ao Porto. A
melhor classificada será convocada para apresentar os documentos para
qualificação em cinco dias úteis.
Conforme a companhia, a ideia de
explorar as áreas de forma transitória busca evitar “potenciais prejuízos
econômicos, financeiros e sociais em razão da descontinuidade da prestação dos
serviços portuários”. Esta é a primeira vez que a Docas utiliza esse
instrumento, reconhecido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(Antaq, o órgão regulador do setor desde 2016).
Nenhum comentário:
Postar um comentário