O
ministro da Infraestrutura do futuro governo, Tarcísio Freitas, definiu seus
principais auxiliares na pasta. São todos nomes técnicos, com experiência no
setor de transportes e sem nenhuma influência de partidos políticos nas
indicações. A confirmação foi feita nesta terça-feira, 25 (em pleno Natal).
A única "exceção", de certa
forma, é o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campello,
ex-senador, que vai presidir a Valec. O novo governo pretende leiloar a
Ferrovia Norte-Sul (FNS) e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), as duas
principais obras com envolvimento da estatal, o que demandará forte interação
com o órgão de controle.
O plano é, depois disso, extinguir a
empresa. Trata-se, no entanto, de um processo de pode levar mais de um ano.
Freitas tem dito a interlocutores que a escolha de Campelo se deve ao bom
trânsito dele com o tribunal e à experiência na área de compliance.
A ex-diretora da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) Natália Marcassa, atual subchefe de articulação e
monitoramento da Casa Civil, assumirá um dos cargos mais amplos do ministério.
Ela ficará à frente da Secretaria de Planejamento, Fomento e Parcerias. Entre
suas atribuições estará a modelagem para concessões de rodovias e ferrovias.
O engenheiro Diogo Piloni vai ocupar
a Secretaria de Portos, feudo do PMDB nas gestões Dilma Rousseff e Michel
Temer, quando esteve boa parte do tempo preenchida por indicados da família
Barbalho. Piloni já foi gerente de estudos na Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (Antaq) e hoje atua na área técnica do Programa de Parcerias de
Investimentos (PPI). Cuidará dos arrendamentos de terminais e dos trabalhos
para a futura privatização das Companhias Docas.
Ainda no setor portuário, Casemiro
Tércio Carvalho deverá presidir a Codesp, estatal que administra o Porto de
Santos. Ex-diretor do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, durante
os dois últimos mandatos de Geraldo Alckmin (PSDB), ele tornou-se sócio de uma
empresa de estruturação de projetos com foto na área de portos.
O economista Ronei Glazmann ficará
com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) e terá a continuidade das concessões de
aeroportos como uma de suas principais missões. Há anos ele atua na SAC, onde
atualmente exerce o cargo de diretor de política regulatória, e já integrou o
conselho de administração da Inframérica, operadora do aeroporto de Brasília,
na condição de representante da Infraero (sócia com 49% de participação).
O brigadeiro Hélio Paes Barros,
diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), deixará o órgão regulador
para chefiar a Infraero. Ele terá a companhia, como diretora da estatal, de
Martha Seillier. Mestre em Economia, ela é chefe da assessoria especial da Casa
Civil. Teve participação direta na elaboração da proposta de reforma da Previdência
do governo Temer. Martha tem experiência no setor. Já ocupou a diretoria de
regulação e concorrência da SAC.
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