quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Exportações mundiais chegam a quase US$ 20 bilhões em 2018


          O comércio mundial de mercadorias retomou a partir de 2017 um crescimento substancial, após dois anos de declínio. Segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (United Nations Conference on Trade and Development, ou UNCTAD), no relatório 2018 UNCTAD Handbook of Statistics, as exportações somaram 17,7 bilhões de dólares, correspondendo a um aumento de 10% em relação a 2016.  As estatísticas indicam ainda que em 2018, as exportações estão prestes a atingir um recorde de 19,6 bilhões de dólares.
          A maioria das economias do mundo contribuiu para o aumento do comércio internacional de mercadorias, com exceção da Suíça-Liechtenstein, Luxemburgo, Jordania, Coréia do Norte e em algumas economias africanas e de pequenas ilhas. Entre as principais economias exportadoras, registraram-se, em 2017, aumentos particularmente fortes na Coréia do Sul (15,8%) e nos Países Baixos (14,1%). Os quatro maiores exportadores do mundo, China, Estados Unidos da América, Alemanha e Japão, todos registraram taxas de crescimento entre 6 e 9%.
          As economias em transição apresentaram um aumento particularmente forte nas exportações (24%) e importações (21%). Nas economias em desenvolvimento, a ascensão do comércio mundial manifestou-se principalmente do lado das exportações; as exportações africanas aumentaram (16%) ao dobro da taxa de importações. Em contraste, nas economias em desenvolvimento da Ásia e Oceania, as importações aumentaram mais rapidamente do que as exportações. Nas economias desenvolvidas, as exportações e importações aumentaram moderadamente, em torno de 9%.
          Os maiores fluxos de comércio de mercadorias bilaterais aconteceram entre a China e os Estados Unidos da América e entre as respectivas economias vizinhas. Em 2017, os EUA importaram da China bens no valor de 526 mil milhões de dólares, enquanto na direção oposta viajaram bens no valor de 154 mil milhões de dólares.
          Já o comércio entre a China e a Região Administrativa Especial de Hong Kong, Japão, Taiwan, Província da China e a República da Coreia totalizaram 1,1 bilhão de dólares. De igual valor foi o comércio entre os Estados Unidos e o México e Canadá, ou seja, um bilhão de dólares.
          Em nível continental, o comércio intrarregional mais pronunciado registou-se na Europa. Segundo dados da UNCTAD, em 2017, 68% de todas as exportações europeias foram exportadas para parceiros comerciais no mesmo continente. Na Ásia, essa taxa foi de 59%, enquanto na Oceania, América Latina e Caribe, África e América do Norte, a maior parte do comércio foi extrarregional.
          Em 2017, do total de 17,7 bilhões de dólares do comércio global de mercadorias, 6,3 bilhões foram trocados entre economias desenvolvidas (comércio Norte-Norte), enquanto o comércio entre economias em desenvolvimento e em transição (comércio Sul-Sul) não atingiu 5 bilhões de dólares. Os restantes 6,3 bilhões de dólares foram compostos por exportações de economias desenvolvidos para economias em desenvolvimento e na direção oposta (Norte-Sul, e comércio Sul-Norte). Assim, para as economias desenvolvidas, o comércio com os países em desenvolvimento foi tão importante quanto o comércio com os países desenvolvidos. (imagem de Shanghai, na China, um dos principais centros do comércio global hoje)

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