quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Obras de dragagem e batimetria garantem navegabilidade do Rio Uruguai


          O executivo da Jan De Nul, Bob Michta, anunciou nesta quarta-feira, 5, em Montevidéu, que as obras de dragagem e batimetria realizadas no Rio Uruguai pela empresa foram concluídas. Assegurou que os trabalhos deixaram o canal em perfeitas condições para ser utilizado.
          Em 22 de dezembro de 2017, a companhia belga e a Caru assinaram contrato com os governos da Argentina e do Uruguai, na cidade uruguaia de Paysandú para a execução das obras. Foi estabelecida a necessidade de aprofundamento e manutenção do curso hídrico, limite natural entre os dois países.
          A obra começou em 22 de fevereiro deste ano e foi realizada pelo navio de sucção Amerigo Vespucci, com a retirada de 3.500 metros cúbicos e apto para dragar fundos compostos de areias e argilas. Atualmente, o barco se encontra no porto argentino de Concepción del Uruguay, onde recebe mantimentos.
          Os trabalhos previstos no contrato focaram em garantir a navegabilidade do Rio Uruguai entre os portos de Nueva Palmira, km 0 e Fray Bentos, km 187,1, a pés de navegação (25 pés de profundidade). O projeto incluiu o canal de acesso ao porto argentino de Concepción del Uruguay (oeste) e aos canais umbicados entre Fray Bentos e Paysandú, km 206,8, a 17 pés de navegação (19 pés de profundidade).
          Segundo Michta esta fase e a seguinte, que incluem a manutenção da dragagem por um período de três anos, entre 2019 e 20121, demandarão aos estados investimentos de US$ 40 milhões. “O calado no Rio Uruguai estará garantido por três anos após as obras”, assegurou.
          Na segunda etapa, se utilizará uma das seis dragas da empresa belga que estão a serviço no sul do continente, algumas nos projetos da Hidrovia Paraguay-Paraná. No entanto, o executivo descartou que as tarefas de manutenção voltem a utilizar a draga Amerigo Vespucci.
          “Como o Rio Uruguai não foi dragado nos últimos 30 anos, nos deparamos, na prática, com a falta de conhecimentos sobre o seu comportamento e sua sedimentação”, observou o executivo. Ele lembrou que na Argentina a Jan De Nul desenvolve projetos de dragagem nos portos de Ushuaia e Bahía Blanca.

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