Os líderes dos países-membros da União Europeia (UE) ressaltaram nesta sexta-feira
(14) que estão dispostos a trabalhar com rapidez em um acordo sobre a
futura relação entre o bloco e o Reino Unido depois do Brexit, evitando
assim a entrada em vigor do mecanismo que protegeria a Irlanda.
Após o fim de uma reunião com a presença da primeira-ministra do
Reino Unido, Theresa May, as principais lideranças da UE destacaram que o
acordo de salvaguarda, um dos obstáculos que dificulta a assinatura do
acordo em Londres, foi pensado como um "seguro" para prevenir uma
fronteira entre Irlanda e Irlanda do Norte.
"É firme a determinação da União Europeia em trabalhar com rapidez em
um acordo subsequente que estabeleça regras alternativas para depois de
31 de dezembro de 2020, de modo que o plano de salvaguarda não tenha
que ser ativado", afirmou o texto assinado pelos líderes dos 27
países-membros do bloco após a cúpula.
Caso seja preciso ativar a salvaguarda, a UE afirmou que ela seria
aplicada de "forma temporária" e que estaria disposta a negociar
rapidamente um novo acordo que substituísse o mecanismo. No plano de contingência, todo o Reino Unido permaneceria na união
aduaneira da UE. Dessa forma, a Irlanda do Norte ficaria no mesmo
território alfandegário do resto da região.
Além disso, a Irlanda do Norte seguiria alinhada com as regras do
mercado único consideradas essenciais para evitar uma fronteira física
entre o país e a Irlanda, independente, que faz parte da UE.
No texto, os líderes europeus afirmam que esperam a mesma disposição
do Reino Unido em negociar um acordo sobre o futuro vínculo das partes
com rapidez.
"A UE está preparada para embarcar na preparação (das negociações da
futura relação) imediatamente depois da assinatura do acordo de saída
para garantir que as negociações possam começar o mais rápido possível",
afirmou o texto divulgado depois da cúpula. Os líderes dos 27 membros da UE também afirmaram que pretendem
avançar com a ratificação do acordo firmado com o Reino Unido nos
parlamentos de seus respectivos países, mas ressaltaram que o pacto não
está aberto à renegociação.
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