O edital
para elaboração do projeto básico das obras do novo acesso rodoviário à avenida
perimetral da margem direita do Porto de Santos, no trecho compreendido entre a
Via Anchieta e o Valongo, passando pela região do Saboó, foi lançado no final
da sexta-feira (14). O projeto básico atenderá ao disposto no projeto
funcional, já elaborado pela Codesp, que integra o conjunto de melhorias na
entrada da cidade de Santos, executadas pelo Município, Estado e Governo
Federal.
Toda obra de engenharia começa com o
projeto básico, que define com precisão as características básicas do
empreendimento e o desempenho almejado na obra para que seja possível estimar o
custo e o prazo de execução. É uma fase caracterizada por estudos preliminares,
anteprojeto, estudos de viabilidade técnica e econômica, além da avaliação do
impacto ambiental.
O projeto prevê uma segunda ligação
rodoviária entre a Via Anchieta e a Avenida Augusto Barata, além de um conjunto
de vias em área portuária para acesso aos diversos terminais da região da
Alemoa e do Saboó. Com um sistema de viadutos e elevado, haverá a transposição
dos pátios ferroviários e das áreas de expansão projetadas para esse modal, com
o objetivo de eliminar os indesejáveis cruzamentos rodoferroviários. “É com
muita satisfação que anunciamos a concretização deste projeto audacioso, que
representará um marco na logística de chegada e saída de caminhões no Porto de
Santos”, afirma o diretor-presidente da Codesp, Luiz Fernando Garcia da Silva.
A Companhia manteve tratativas sobre
o projeto funcional junto às concessionárias ferroviárias, Conselho de
Autoridade Portuária (CAP), Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP),
Secretaria de Logística do Estado de São Paulo (SLT) e Secretaria de Portos
Indústria e Comércio (Sapic) de Santos (PMS). Além da elaboração do projeto
básico, a Codesp trata junto à Secretaria de Patrimônio da União (SPU), da
cessão do terreno da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que integra
parte da área do projeto.
O trecho Anchieta do projeto prevê um
viaduto de entrada no porto com aproximadamente 360 metros de extensão,
iniciando em viaduto da Anchieta e estendendo-se até a conexão com o viaduto
projetado para transposição do pátio ferroviário da concessionária MRS
Logística. Nesse mesmo trecho, haverá também um viaduto de saída, com cerca de
530 metros de extensão mais 240 metros em nível. Todo o conjunto contará
com duas faixas de rolamento e refúgio lateral.
O projeto contempla ainda dois
viadutos para transposição dos pátios ferroviários. O que será construído sobre
o pátio da MRS, de aproximadamente 280 metros de extensão, servirá para
conectar os viadutos de acesso à Anchieta ao trecho elevado sobre o terreno da
SPU. O viaduto sobre o pátio da Portofer terá extensão de 120 metros,
conectando o elevado e o sistema viário em nível através de uma rampa com cerca
de 140 metros de extensão. Para esses trechos de transposição, estão previstas
três faixas de rolamento para cada sentido de tráfego e barreira rígida entre
eles.
O trecho elevado terá aproximadamente
um quilômetro de extensão, conectando as transposições sobre os pátios
ferroviários e o sistema viário projetado para distribuição dos fluxos
rodoviários na região do Saboó, através de rampas com cerca de 800 metros de
extensão. Esse conjunto também terá três faixas de rolamento para cada sentido
de tráfego e barreira rígida entre eles.
O sistema viário previsto para
circulação e distribuição de tráfego no Saboó será composto de rotatórias,
acesso ao elevado e viário interno, com duas faixas de rolamento por sentido de
tráfego e aproximadamente 900 metros de extensão. O trecho rodoviário para
conexão com a região do Valongo terá aproximadamente 1,15 quilômetro de
extensão e três faixas de rolamento por sentido de tráfego, com canteiro
central e demais dispositivos de acesso necessários às vias de conexão.
Todas as intervenções previstas
deverão conter os respectivos projetos de urbanismo, geométrico, geotecnia,
drenagem, pavimentação, energia, iluminação, telefonia, lógica e monitoramento,
sinalização viária e semafórica, obras de arte especiais, desvio de tráfego e
remanejamento das interferências.
A Codesp destaca que, devido às
interferências com áreas e obras de responsabilidade do Governo do Estado de
São Paulo e da Prefeitura Municipal de Santos, bem como às diversas redes de
serviços prestados por concessionárias, além das intervenções previstas em
projeto e executadas pelas concessionárias de serviços ferroviários, todos os
entes envolvidos direta ou indiretamente deverão ser consultados e as
intervenções propostas deverá contemplar as devidas aprovações, durante a
elaboração do projeto.
Para a elaboração do projeto básico,
os licitantes deverão apresentar um cronograma físico-financeiro de elaboração
dos trabalhos em um prazo de 18 meses para execução, sendo seis meses
para execução dos serviços de campo, consolidação do projeto funcional e
elaboração dos estudos preliminares e mais seis meses para elaboração e
aprovação do projeto básico.
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