O Porto
do Açu, em São João da Barra, no Norte do Estado do Rio de Janeiro, quer se
transformar num futuro hub de gás natural, que será produzido nos campos do
pré-sal na Bacia de Santos. Com este fim, o terminal já está
estudando a viabilidade de projetos, sempre em parcerias com terceiros, em
busca de soluções para a utilização dos elevados volumes de gás natural que
serão produzidos nos campos do pré-sal a partir da próxima década.
A informação foi dada nesta semana
pelo diretor-presidente da Prumo Logística, que opera o Porto do Açu, José
Magela, ao destacar que o aproveitamento do gás natural é um dos projetos
importantes do grupo. Com a frustração de uma série de projetos para o entorno
do porto, criado pelo empresário Eike Batista (que não está mais no controle da
empresa), uma das novas vocações em busca pelo empreendimento pode ser o
escoamento do gás natural da produção de petróleo na costa.
- Nossa ideia no Porto do Açu é dar
uma solução de utilização para esse gás, para que o produtor lá não se preocupe
com o que fazer. Nós vamos dar essa solução para ele - destacou
Magela, ao explicar que entre as soluções está o seu uso nas
termelétricas para geração de energia, e substituir o gás
importado, o GNL.
De acordo com o executivo, outro
projeto para aproveitamento futuro do gás natural que será produzido nos campos
do pré-sal na Bacia de Santos é injetar esse gás na rede de gasodutos já
existentes, uma vez que o Porto do Açu está a cerca de 40 quilômetros do
Gasene, uma rede de gasodutos da Petrobras que fornece gás natural para
distribuidoras de vários estados, como o Rio de Janeiro e São Paulo.
- O que era um problema para o
produtor de petróleo e gás, nós vamos ser a solução. Nos próximos dez
anos vamos ter gás suficiente no complexo do Açu para que possamos
ter petroquímica, fertilizantes, entre outros projetos - destacou destacou
Magela.
Segundo ele, a Prumo costuma
desenvolver projetos e buscar sócios estratégicos para o seu desenvolvimento.
Mas o executivo destacou que, no momento, todos os projetos estão ainda em fase
de conversas. Magela destaca que os planos do Porto do Açu para o próximo ano é
continuar seus vários projetos na melhoria da logística portuária, principalmente
para a indústria de óleo e gás, que terá, além do terminal já em operação, uma
área para armazenamento de petróleo para exportação.
A primeira térmica a gás na área do
porto, a GNAI, já está com as obras aceleradas. No próximo ano, devem ter
início as obras da segunda térmica. Os dois projetos são da Gas Natural Açu
(GNA), subsidiária da Prumo Logística junto com outros sócios. Ao todo,
os investimentos nas duas térmicas são de R$ 8,2 bilhões até 2023.
A geração total das duas térmicas
será de 3 mil megawatts (MW). Atualmente, a empresa conta com 1.700
trabalhadores na construção da GNAI, de 1,3 MW. O executivo destacou ainda que
o grupo ficará atento aos próximos leilões de energia, considerando que ainda
tem 3.400 MW já licenciados para desenvolver projetos. As duas primeiras
térmicas usarão gás natural importado, o GNL, mas Magela, deixou claro a
possibilidade de algum projeto futuro já contemplar o uso do gás do
pré-sal.
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