Argentina exige PCR de transportadores chilenos, mas caminhoneiros do país vizinho rejeitam a determinação

 Após a decisão do governo argentino de exigir um teste PCR, com no máximo 72 horas de antecedência, aos caminhoneiros chilenos para entrar no país, o diretor internacional da Confederação Nacional de Caminhões do Chile (CNDC), Miguel Cárdenas, disse que rejeitou a determinação. Explicou que tomou a posição pelo fato de que no Chile o exame não é obrigatório para os transportadores argentinos em trânsito.

O dirigente acrescentou que “A melhor opção para o controle de saúde no transporte transfronteiriço é a realização de testes rápidos para o antígeno de Covid, já que a exigência de testes de PCR está criando problemas e falta de reciprocidade com a Argentina”, disse Cárdenas.

A este respeito, a diretora nacional de Migrações da Argentina, Florencia Carignano, já havia adiantado na semana anterior que o governo argentino estava analisando a exigência de testes de PCR de 72 horas para transportadoras internacionais e destacou que os controles nas passagens de fronteira serão acentuados "com um olho muito posto "na travessia para o Chile.

A medida, disse o responsável, inclui os motoristas argentinos: “haverá um controlo rigoroso sobre tudo o que é comércio internacional com a exigência de um PCR para a entrada dessas transportadoras internacionais e para os argentinos que têm de atravessar a fronteira.

“Estamos em contato permanente através do Estado Nacional e do Ministério dos Transportes para tentar resolver o custo dos exames e que não seja uma cobrança dos transportadores, mas que seja uma exigência sanitária, pois o principal é levar cuidar deles e, acima de tudo, cuidar de todos os argentinos, pois sabemos que o Chile tem um sistema de saúde em colapso ”, acrescentou.

Enquanto isso, o governo provincial de Chubut, na Argentina, incluiu em suas restrições de entrada todas as transportadoras oriundas de áreas de risco. Embora, por decisão do governo nacional argentino, não possa ser proibida a passagem de caminhões chilenos, o governo de Chubut decretou que os motoristas não podem descer na província. Se o fizerem, devem cumprir 14 dias de isolamento obrigatório.