quarta-feira, 21 de agosto de 2019

ONE Uruguay quer políticas para atrair armadores para o complexo portuário de Montevidéu


          O executivo Pablo Domínguez, da ONE (Ocean Network Express) Uruguay, defendeu a adoção de políticas mais próximas das necessidades das companhias de navegação para atrair navios para o Porto de Montevidéu. A declaração foi durante as Jornadas Portuarias, da Asociación Uruguaya de Drecho Máritimo, encerrada nesta terça-feira, 20.
          Segundo ele, é preciso melhorar a produtividade de cargas e descargas no terminal da capital uruguaia a fim de despertar o interesse dos armadores em escalar o complexo portuário. O representante da ONE também se referiu aos trânsitos como um assunto de grande importância para os embarcadores e que se relacionam com a possibilidade de conectar o Porto de Montevidéu com portos de todo o mundo.
          Para Dominguez, o trabalho conjunto das autoridades, empresários e trabalhadores uruguaios para desenvolver uma política de Estado para o setor portuário e logístico é fundamental. Ressalvou que ainda existem temas pendentes para os armadores.
          Entre eles, além da melhoria na produtividade na carga e descarga, implantar um modelo de operação mais rápido, permitindo o menor tempo possível de estada do navio no porto, a disponibilidade de molhes com dias e horas de entrada e saída pré-estabelecidos. É necessário, ainda, tornar os custos de escalas competitivos e manter gruas e equipamentos modernos.
          Além disso, o executivo da ONE enfatizou que é necessário oferecer janelas de atraque para garantir a disponibilidade de molhe, procurando preservar a integridade do itinerário, não apenas do barco, mas também dos feeders. Ele ressaltou que, igualmente, se deve desenvolver uma política de estímulos para que Montevidéu se transforme num hub port regional eficiente e competitivo para produtos do Paraguai, e também da Argentina, Brasil e da cabotagem nacional. Considerou que é preciso estabelecer a melhor relação de custos entre os diferentes serviços portuários.
          Dominguéz citou os dados divulgados pelo Cennave (Centro Nacional de Navegação) referente à origem e destino dos transbordos cheios durante o ano passado. Destacou que 64% corresponderam ao Paraguai, 26% a Argentina e 10% ao Brasil. Revelou, ainda, que em 2018, o hinterland dos portos de Rosario e Zárate, na Argentina, concentraram um volume de 186 mil teus.

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