O
executivo Pablo Domínguez, da ONE (Ocean Network Express) Uruguay, defendeu a
adoção de políticas mais próximas das necessidades das companhias de navegação
para atrair navios para o Porto de Montevidéu. A declaração foi durante as
Jornadas Portuarias, da Asociación Uruguaya de Drecho Máritimo, encerrada nesta
terça-feira, 20.
Segundo ele, é preciso melhorar a
produtividade de cargas e descargas no terminal da capital uruguaia a fim de
despertar o interesse dos armadores em escalar o complexo portuário. O
representante da ONE também se referiu aos trânsitos como um assunto de grande
importância para os embarcadores e que se relacionam com a possibilidade de
conectar o Porto de Montevidéu com portos de todo o mundo.
Para Dominguez, o trabalho conjunto
das autoridades, empresários e trabalhadores uruguaios para desenvolver uma
política de Estado para o setor portuário e logístico é fundamental. Ressalvou
que ainda existem temas pendentes para os armadores.
Entre eles, além da melhoria na
produtividade na carga e descarga, implantar um modelo de operação mais rápido,
permitindo o menor tempo possível de estada do navio no porto, a
disponibilidade de molhes com dias e horas de entrada e saída
pré-estabelecidos. É necessário, ainda, tornar os custos de escalas
competitivos e manter gruas e equipamentos modernos.
Além disso, o executivo da ONE
enfatizou que é necessário oferecer janelas de atraque para garantir a
disponibilidade de molhe, procurando preservar a integridade do itinerário, não
apenas do barco, mas também dos feeders. Ele ressaltou que, igualmente, se deve
desenvolver uma política de estímulos para que Montevidéu se transforme num hub
port regional eficiente e competitivo para produtos do Paraguai, e também da
Argentina, Brasil e da cabotagem nacional. Considerou que é preciso estabelecer
a melhor relação de custos entre os diferentes serviços portuários.
Dominguéz citou os dados divulgados
pelo Cennave (Centro Nacional de Navegação) referente à origem e destino dos
transbordos cheios durante o ano passado. Destacou que 64% corresponderam ao
Paraguai, 26% a Argentina e 10% ao Brasil. Revelou, ainda, que em 2018, o
hinterland dos portos de Rosario e Zárate, na Argentina, concentraram um volume
de 186 mil teus.
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