segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Governo do Paraná quer tornar Estado polo agritech

          O governador Carlos Massa Ratinho Junior reforçou neste sábado (24), em encontro com o Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, a meta de transformar o Paraná em um grande polo de inovação em agritech - tecnologia aliada ao agronegócio. O governador recebeu o ministro no Palácio Iguaçu, logo após ele receber o título de cidadão honorário do Paraná na Assembleia Legislativa.
          Para Ratinho Junior, somente com a utilização de tecnologia é que o agronegócio do Paraná conseguirá mudar de patamar na produção de alimentos, ganhando em qualidade ofertada e ampliando as exportações. “Precisamos avançar no agritech, ter mais precisão para, por exemplo, usar menos agrotóxico e se tornar cada mais sustentável”, afirmou. “E isso só será possível com o aval e respaldo científico do ministério, melhorando todo o arranjo produtivo”, completou.
          Uma das possibilidades é começar o projeto por Londrina, no Norte do Paraná, aproveitando o ecossistema de inovação já implantado na região, que conta com mais de 400 startups. A iniciativa de criação do polo engloba uma grande parceria, envolvendo Celepar, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Agência Paraná de Desenvolvimento, Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, as universidades estaduais e parcerias com a prefeitura e entidades da sociedade. “O Paraná, que é um dos maiores produtores de alimento do mundo, tem que ser o líder desse processo de inovação no agronegócio”, disse o governador.
          O ministro Marcos Pontes destacou que o ministério também aposta no Paraná como celeiro de ideias inovadoras, distribuindo tecnologia para as diversas regiões do País. “Desenvolvemos a tecnologia aqui e depois espalhamos pelo Brasil. Assim conseguiremos resultados excelentes para o Estado e para o País”, disse.
           Ele mencionou a criação de um grupo para discutir a adoção de tecnologias digitais da chamada “Internet das Coisas” no campo. A “Câmara Agro 4.0” será encabeçada pelos ministérios da Agricultura e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, mas contará com a participação de outros órgãos, de pesquisadores e de associações e empresas do setor no país.
          O termo “Internet das Coisas” é usado para designar um ecossistema em que não apenas pessoas estão conectadas por meios de seus computadores e smartphones, mas também dispositivos estão interligados entre si, com usuários e com sistemas complexos de coleta, processamento de dados e aplicações de diversos tipos. Na agricultura, um exemplo é o uso de sensores em tratores que medem a situação do solo e enviam dados para sistemas responsáveis por processar essas informações e fazer sugestões das melhores áreas ou momentos para o plantio. Outro é o emprego de sistemas para fazer previsão de variações de microclima nas áreas da terra, de forma a melhorar o preparo para as alterações de temperatura ou início e fim de chuvas.
         


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