Hernán Lacunza, o novo ministro da
Fazenda e Finanças Públicas da Argentina, terá que conduzir a agenda econômica
do país com grandes desafios nos próximos meses. Entre eles, uma acirrada
campanha eleitoral, o contexto internacional incerto e muitos ajustes a serem
feitos. Lacunza foi recebido nesta segunda-feira (19) pelo presidente Mauricio
Macri.
No último sábado (17), Nicolás
Dujvone, o então ministro da Fazenda, renunciou ao cargo afirmando estar “convencido de
que, em virtude das circunstâncias, a gestão precisa de uma renovação
significativa na área econômica”. Hernán Lacunza, novo ministro da Fazenda
da Argentina - Reuters/Demian Alday/Direitos reservados
A tarefa agora está nas mãos de
Hernán Lacunza, que era ministro da Economia da Província de Buenos Aires.
Lacunza recebeu o convite do presidente Mauricio Macri para assumir a pasta neste
final de semana. Ele assume o importante ministério do país, em um contexto de
crescente dívida pública, com uma relação delicada com o Fundo Monetário
Internacional (FMI) e uma taxa de inflação que já ultrapassou os 22% apenas no
primeiro semestre. Analistas acreditam que a inflação, prevista para estar
entre 50% e 55% até o final do ano, pode subir ainda mais.
A relação com o FMI, com quem o país
firmou uma série de compromissos em troca de um empréstimo de US$ 57 bilhões,
também terá de receber atenção. Os termos acordados com o órgão devem ser
rediscutidos, para alcançar novos acordos e consensos. Representantes do FMI
devem fazer uma visita ao país nos próximos 15 dias.
Há ainda a incógnita sobre o que
acontecerá com o dólar no país. Na semana passada, após o dólar disparar 25% (a
moeda ultrapassou os 60 pesos argentinos) e o risco país ultrapassar os 1.800
pontos (hoje está em 1.858 pontos), Macri
anunciou medidas para
aliviar o bolso de 17 milhões de argentinos. Analistas defendem que, como
resultado dessas medidas, o déficit público também aumentará.
Hernán Lacunza tem 49 anos e é
formado em economia. Antes de dirigir o Ministério da Economia de Buenos Aires,
passou pelos cargos de diretor geral do Banco Central argentino e do Banco
Municipal da Cidade de Buenos Aires.
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