O
ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, anunciou nesta quinta-feira (8),
em São Paulo, que o governo pretende praticamente dobrar o percentual de cargas
transportadas por trens nos próximos oito anos. “Com o que nós planejamos, a
gente tira a participação do modo de transporte ferroviário de 15% para 29% em
oito anos”, afirmou durante palestra.
Ele disse que estão sendo buscadas
soluções criativas para contornar a falta de recursos e tirar os projetos do
papel. “Nós vamos fazer ativos sem depender de orçamento”, destacou. Tarcísio
Freitas, revelando que o governo pretende praticamente dobrar percentual de
cargas transportadas por trens nos próximos oito anos. “Com o que nós
planejamos, a gente tira a participação do modo de transporte ferroviário de
15% para 29%”, calculou o ministro.
Como exemplo, Freitas disse que parte
da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, que deverá escoar a produção de
grãos da região, deverá ser construída pela mineradora Vale como contrapartida
pela renovação do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas.
“Aquela outorga que você ia pagar para o Tesouro, você vai construir uma
ferrovia, vai me entregar o ativo pronto”, enfatizou Freitas sobre o acordo.
O ministro comentou ainda que vão ser
preparados os modelos de acordo para encerrar os contratos das concessionárias
de estradas e aeroportos que enfrentam dificuldades financeiras. “A gente tem
que fechar com o mercado a metodologia para indenizar os investimentos não
amortizados. A gente quer estabelecer acordos, e acordo tem que ser bom para
todo mundo. Eu tenho que criar os incentivos para aquele concessionário aderir
ao acordo”, disse o ministro a respeito da estratégia para romper os contratos
antes do fim do prazo de vigência. Entre as concessionárias que já demonstraram
interesse em devolver os ativos está a administradora do Aeroporto de
Viracopos, em Campinas (SP), e da BR 040, que passa por Goiás, Distrito Federal
e Minas Gerais.
Segundo o ministro, as empresas
apresentaram problemas tanto pelo modelo de licitação, como pelo envolvimento de
alguns empreendedores em casos de corrupção descobertos pela Operação Lava
Jato. “Nós temos um problemaço para resolver que são aquelas concessões que
deram errado. Deram errado por problema de modelagem. Em algum momento, a
ideologia substitui a aritmética. Quando isso acontece, as coisas não dão
certo”, ressaltou.
A ideia é fazer aditivos nos
contratos para manter as rodovias e aeroportos em bom estado e funcionando até
que seja possível passar os ativos para outros empreendedores. “Manter esses
ativos operando para que a gente consiga estruturar novas concessões, em novos
parâmetros”, finalizou Tarcísio de Freitas.
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