O ministro
da Infraestrutura, Tarcísio Gomes Freitas, disse, neste sábado, 10,
no Rio de Janeiro, que o Brasil deverá retomar em breve o grau de
investimento, classificação dada por agências especializadas que garante o
aporte de mais recursos estrangeiros no país. “A chave já virou, nós estamos
tendo recuperação em todos os indicadores e já merecemos uma reclassificação de
nota de risco pelas agências de rating [risco]”, disse.
“Eu não tenho dúvida de que nós
estamos caminhando na direção do grau de investimento”, destacou o ministro,
para uma plateia formada por oficiais superiores, na Escola de Comando e
Estado-Maior do Exército, entidade responsável por formar os futuros generais e
comandantes militares. O ministro citou como exemplos favoráveis a aprovação da
reforma da Previdência na Câmara e as novas concessões na área
de infraestrutura (portos, aeroportos, ferrovias e rodovias). Segundo
ele, tudo isso deverá atrair mais recursos estrangeiros para o país.
No setor ferroviário, por exemplo,
deverá haver um aumento expressivo no volume de cargas transportadas nos
próximos anos. O ministro apontou projetos e investimentos no transporte sobre
trilhos que deverão unir o país de ponta a ponta, com a integração entre malhas
ferroviárias já existentes e outras em construção. Esses projetos
deverão possibilitar o escoamento da produção agrícola, industrial e
mineral, com maior rapidez e menores custos.
“É um aumento de capacidade que
vai levar a participação do modal ferroviário no Brasil dos atuais 15% para 29%
a 30% em oito anos. E aí a gente vai reequilibrando a matriz [de transportes],
proporcionando oferta e jogando o frete para baixo”, destacou. Tarcísio
Gomes lembrou a recente concessão de dois trechos da Ferrovia Norte-Sul,
entre Porto Nacional (TO) e Estrela D´Oeste (SP), vencida pelo grupo Rumo S.A..
A ferrovia vai ligar o Porto de Itaqui, no Maranhão, ao Porto de Santos, em São
Paulo, formando a espinha dorsal da malha ferroviária brasileira, que
futuramente conectará Rio Grande (RS) a Belém (PA).
O ministro também abordou os
investimentos que vão ocorrer a partir dos leilões de campos de petróleo,
da entrada de novas companhias aéreas, e das concessões no sistema de
cabotagem. Essa navegação interna e pela costa, hoje restrita
a empresas brasileiras, deverá ser aberta a grupos internacionais no
futuro.
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