quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Fertilizante movimenta extensa cadeia de negócios no Maranhão


          O Porto do Itaqui, no Maranhão, movimentou, de janeiro a julho, mais de 1 milhão de toneladas de fertilizantes, volume 5% acima do que foi registrado no mesmo período de 2018. No total, em 2018, foram descarregadas no porto público do Maranhão quase 2 milhões de toneladas de fertilizante e a tendência é fechar 2019 bem acima dessa marca.
          A consolidação do Porto do Itaqui como principal porta de saída da produção de grãos (soja e milho) da região Centro-Norte do Brasil vem impulsionando cada vez mais a importação de fertilizantes como carga de retorno. O Itaqui ocupa o top três no escoamento de soja entre os portos públicos brasileiros e é o quinto em importação de aditivos para produção agrícola.
          Por trás desses resultados está uma rede de negócios que direta e indiretamente impactam a economia do Maranhão e do Brasil. Importadores, autoridade portuária, armadores, operadoras portuárias, agências marítimas, praticagem e arrendatários – diretamente relacionados ao porto – demandam prestadores de serviços, fornecedores de produtos, transportadores e mão de obra diversificada. Todos movimentando a roda da economia com geração de emprego e renda ao longo de uma diversificada cadeia produtiva.
          A soma de empregos diretos e indiretos gerados a partir da atividade portuária chega a cerca de 14 mil postos de trabalho. Isso inclui colaboradores da EMAP, das operadoras e arrendatárias, funcionários de órgãos públicos como a Receita e a Polícia Federal, Antaq, ANVISA, Vigiagro e bombeiros; e também os trabalhadores portuários avulsos (TPAs), que segundo a lei dos portos (12.815/2013) devem, necessariamente, ser demandados pelas operadoras portuárias para trabalhos no Itaqui. Essa mão de obra é gerida pelo OGMO – órgão gestor de mão de obra.
          Há ainda funcionários de empresas terceirizadas, de restaurantes, agências bancárias e demais empreendimentos estabelecidos no porto e associados às cadeias movimentadas através dele ao longo de toda a área de influência. Com a responsabilidade de garantir a infraestrutura necessária ao funcionamento de todos esses negócios, administrando e fiscalizando as operações, a Empresa Maranhense de Administração Portuária – EMAP exerce a autoridade portuária e gerencia toda a movimentação, atuando desde a atracação e desatracação e tráfego de embarcações no porto, zelando pelo cumprimento da legislação vigente, segurança e respeito ao meio ambiente.
          A maior parte dos fertilizantes movimentado pelo Porto do Itaqui vem da Rússia, Egito e Israel, que juntos respondem por 51% do total. Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos, o mercado brasileiro consumiu 35,5 milhões de toneladas de fertilizantes em 2018. Desse total, apenas 8,1% é produzido no país, que importou 77% do que foi entregue ao mercado, o que equivale a 27,7 milhões de toneladas.
          Até chegar às fazendas dos produtores de grãos do Maranhão e demais estados do MATOPIBA (Tocantins, Piauí, Bahia, além do nordeste do Mato Grosso), muitas distâncias são vencidas e vários negócios realizados.

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