quinta-feira, 26 de julho de 2018

Usiminas começa a embarcar cargas da Petrocoque no terminal de Cubatão


          A Usiminas e a Petrocoque fecharam contrato para o embarque do coque calcinado de petróleo pelo terminal privado da siderúrgica, em Cubatão (SP). Os primeiros navios já foram carregados e a expectativa é que, a cada mês, sejam movimentados entre uma a duas embarcações por meio do terminal, totalizando cerca de 30 mil toneladas mensais. O produto exportado pela Petrocoque é utilizado como matéria prima nas principais indústrias produtoras do alumínio primário.
          O contrato é o primeiro formalizado pela Usiminas no âmbito do plano da companhia de ampliar o uso da infraestrutura para cargas de terceiros. “Contamos com um porto bem equipado e que tem plenas condições de ampliar suas atividades portuárias. Ao abrir a possiblidade de movimentar cargas gerais, conseguimos aumentar a geração de receita para a unidade, diluímos os custos portuários e ainda possibilitamos uma opção logística eficiente e com custo reduzido para as empresas próximas à Usina”, avalia Leonardo Zenóbio, diretor executivo de Logística da Usiminas.
          A parceria com a Petrocoque exemplifica bem o potencial de negócios do terminal portuário e os ganhos logísticos e ambientais. “Anteriormente, os embarques vinham sendo feitos pelo porto de Imbituba, em Santa Catarina. Temos um benefício relevante com a redução da distância percorrida pelos veículos de carga, de 740 quilômetros para apenas nove quilômetros. São menores os riscos inerentes ao transporte rodoviário, além de reduzirmos fortemente a quantidade de emissões (CO, HC, NOx) de veículos diesel na atmosfera”, diz Luis Guilherme Stella Lima, diretor comercial da Petrocoque.
           Com a mudança no modelo de negócios da Usina de Cubatão em 2016 – a unidade passou a comprar placas de terceiros para laminação – permitindo que novos negócios no terminal portuário fossem explorados. A Usiminas, então, realizou um estudo da potencialidade da estrutura e buscou outras empresas da região para apresentar uma proposta de uso do porto para escoamento de produção e/ou recebimento de matérias-primas.
          O contrato com a Petrocoque foi o primeiro firmado dentro do projeto, mas a expectativa é que novas parcerias sejam fechadas nos próximos meses. “Nosso desejo é atingir toda a capacidade de movimentação do terminal, o que traria um impacto positivo para a Baixada Santista com mais empregos gerados na região, mais arrecadação de impostos para Cubatão e uma maior dinamização econômica tanto no Polo Industrial quanto nas regiões vizinhas, sem a necessidade de novas obras ou investimentos vultosos”, afirma Zenóbio.
          A iniciativa também fortalece o condomínio industrial regional, uma iniciativa do Centro de Integração e Desenvolvimento (Cide) com apoio da Prefeitura de Cubatão para atrair novas empresas e fortalecer o Polo Industrial de Cubatão. A região, que já oferece condições diferenciadas para a instalação de indústrias, soma mais uma condição de atratividade com a nova opção logística.

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