A Usiminas
e a Petrocoque fecharam contrato para o embarque do coque calcinado de petróleo
pelo terminal privado da siderúrgica, em Cubatão (SP). Os primeiros navios já
foram carregados e a expectativa é que, a cada mês, sejam movimentados entre uma
a duas embarcações por meio do terminal, totalizando cerca de 30 mil toneladas
mensais. O produto exportado pela Petrocoque é utilizado como matéria prima nas
principais indústrias produtoras do alumínio primário.
O contrato é o primeiro formalizado
pela Usiminas no âmbito do plano da companhia de ampliar o uso da
infraestrutura para cargas de terceiros. “Contamos com um porto bem equipado e
que tem plenas condições de ampliar suas atividades portuárias. Ao abrir a possiblidade
de movimentar cargas gerais, conseguimos aumentar a geração de receita para a
unidade, diluímos os custos portuários e ainda possibilitamos uma opção
logística eficiente e com custo reduzido para as empresas próximas à Usina”,
avalia Leonardo Zenóbio, diretor executivo de Logística da Usiminas.
A parceria com a Petrocoque
exemplifica bem o potencial de negócios do terminal portuário e os ganhos
logísticos e ambientais. “Anteriormente, os embarques vinham sendo feitos pelo
porto de Imbituba, em Santa Catarina. Temos um benefício relevante com a
redução da distância percorrida pelos veículos de carga, de 740 quilômetros
para apenas nove quilômetros. São menores os riscos inerentes ao transporte
rodoviário, além de reduzirmos fortemente a quantidade de emissões (CO, HC,
NOx) de veículos diesel na atmosfera”, diz Luis Guilherme Stella Lima, diretor
comercial da Petrocoque.
Com a mudança no modelo de negócios
da Usina de Cubatão em 2016 – a unidade passou a comprar placas de terceiros
para laminação – permitindo que novos negócios no terminal portuário fossem
explorados. A Usiminas, então, realizou um estudo da potencialidade da
estrutura e buscou outras empresas da região para apresentar uma proposta de
uso do porto para escoamento de produção e/ou recebimento de matérias-primas.
O contrato com a Petrocoque foi o
primeiro firmado dentro do projeto, mas a expectativa é que novas parcerias
sejam fechadas nos próximos meses. “Nosso desejo é atingir toda a capacidade de
movimentação do terminal, o que traria um impacto positivo para a Baixada
Santista com mais empregos gerados na região, mais arrecadação de impostos para
Cubatão e uma maior dinamização econômica tanto no Polo Industrial quanto nas
regiões vizinhas, sem a necessidade de novas obras ou investimentos vultosos”,
afirma Zenóbio.
A iniciativa também fortalece o
condomínio industrial regional, uma iniciativa do Centro de Integração e
Desenvolvimento (Cide) com apoio da Prefeitura de Cubatão para atrair novas
empresas e fortalecer o Polo Industrial de Cubatão. A região, que já oferece
condições diferenciadas para a instalação de indústrias, soma mais uma condição
de atratividade com a nova opção logística.
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