quarta-feira, 25 de julho de 2018

Produtos florestais conquistam segundo lugar na pauta de exportações

          As exportações de  produtos florestais atingiram em maio a segunda posição entre os principais segmentos da balança comercial do setor no período. O volume exportado alcançou US$ 5,75 bilhões, com alta de 30,5% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo superado apenas pelas vendas do complexo soja e à frente da exportação de carnes.
         Os embarques de madeiras e suas obras aumentaram 16,3%, atingindo US$ 1,44 bilhão. As vendas externas de papel chegaram a US$ 803,34 milhões. O principal produto florestal é a celulose com valor recorde de US$ 3,51 bilhões. A quantidade exportada também foi recorde com 6,5 milhões de toneladas (+14,0%) e o preço médio de exportação subiu (+28,5%).
         O país hoje é o terceiro maior exportador de celulose, participando com 13,2% do mercado mundial de US$ 47,98 bilhões. Do total da produção brasileira, 69% se destinam à exportação. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as florestas plantadas ocupam atualmente 10 milhões de hectares, o que corresponde a 1% da área agricultável do país. “O clima, o solo e a tecnologia permitiram que atingíssemos as maiores produtividades médias por ano do mundo”, explica o engenheiro agrônomo João Salomão, coordenador geral de Florestas e Assuntos da Pecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
          Em 2016, o Brasil liderou o ranking global de produtividade florestal, com média de 35,7 m³ ha/ano no plantio de eucalipto e 30,5 m³ ha/ano no plantio de pinus, de acordo com os dados da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). A China está em segundo lugar com 29 m³ ha/ano (eucalipto) e 20 m³ ha/ano (pinus). Moçambique é o terceiro com 25 m³/ha ao ano (eucalipto) e 12 m³/ha (pinus).
          A velocidade de crescimento da área de plantio é de 100 a 200 mil hectares/ano, variação que depende da demanda dos consumidores internacionais e das condições econômicas. O Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas prevê incremento de 2 milhões de hectares de florestas plantadas até 2030.

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