As exportações de produtos
florestais atingiram em maio a segunda posição entre os principais
segmentos da balança comercial do setor no período. O volume exportado
alcançou US$ 5,75 bilhões, com alta de 30,5% em relação ao mesmo período
do ano passado, sendo superado apenas pelas vendas do complexo soja e à
frente da exportação de carnes.
Os embarques de madeiras e suas obras aumentaram 16,3%, atingindo
US$ 1,44 bilhão. As vendas externas de papel chegaram a US$ 803,34
milhões. O principal produto florestal é a celulose com valor recorde de
US$ 3,51 bilhões. A quantidade exportada também foi recorde com 6,5
milhões de toneladas (+14,0%) e o preço médio de exportação subiu
(+28,5%).
O país hoje é o terceiro maior exportador de celulose, participando
com 13,2% do mercado mundial de US$ 47,98 bilhões. Do total da produção
brasileira, 69% se destinam à exportação. Segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as florestas plantadas
ocupam atualmente 10 milhões de hectares, o que corresponde a 1% da área
agricultável do país. “O clima, o solo e a tecnologia permitiram que
atingíssemos as maiores produtividades médias por ano do mundo”, explica
o engenheiro agrônomo João Salomão, coordenador geral de Florestas e
Assuntos da Pecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).
Em 2016, o Brasil liderou o ranking global de produtividade
florestal, com média de 35,7 m³ ha/ano no plantio de eucalipto e 30,5 m³
ha/ano no plantio de pinus, de acordo com os dados da Indústria
Brasileira de Árvores (IBÁ). A China está em segundo lugar com 29 m³
ha/ano (eucalipto) e 20 m³ ha/ano (pinus). Moçambique é o terceiro com
25 m³/ha ao ano (eucalipto) e 12 m³/ha (pinus).
A velocidade de crescimento da área de plantio é de 100 a 200 mil
hectares/ano, variação que depende da demanda dos consumidores
internacionais e das condições econômicas. O Plano Nacional de
Desenvolvimento de Florestas Plantadas prevê incremento de 2 milhões de
hectares de florestas plantadas até 2030.
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