O impacto
da greve dos caminhoneiros nas exportações e importações foi completamente
revertido, disse nesta terça-feira (3) o secretário de Comércio
Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Abrão
Neto. Segundo ele, as exportações voltaram à média observada antes da
paralisação na terceira semana de junho. As importações recuperaram-se
antes, na segunda semana do mês.
De acordo com o secretário, antes da
greve, as exportações estavam na casa de US$ 1 bilhão por semana. Elas caíram
para US$ 699 milhões na terceira semana de maio e para US$ 642
milhões na última semana de maio. Em junho, somaram US$ 738 milhões na
primeira semana do mês e US$ 812 milhões nos sete dias seguintes. Somente na
terceira semana de junho, as vendas externas atingiram US$ 1,115 bilhão,
voltando a superar a barreira de US$ 1 bilhão.
Em relação às importações, cuja média
semanal estava em US$ 700 milhões antes da paralisação, as compras externas
caíram para US$ 550 milhões na terceira semana de maio, US$ 459 milhões na
última semana do mês e US$ 404 milhões na primeira semana de junho. Na
segunda semana do mês, no entanto, as vendas externas reagiram e somaram
US$ 709 milhões.
Em junho, as exportações somaram US$
20,202 bilhões, alta de 2,1% pela média diária em relação ao mesmo mês de 2017.
Segundo o ministro Marcos Jorge de Lima, titular do MDIC, o crescimento
poderia ter sido maior não fosse a paralisação dos caminhoneiros, mas
os efeitos da greve estão superados.
“Tínhamos expectativa de maior
crescimento para este mês. Acredito que a greve dos caminhoneiros foi um dos
fatores que impactou menor crescimento das exportações. Mas o comércio exterior
já se recuperou”, declarou o ministro. Ele manteve a previsão de que o país
terminará o ano com as exportações superando as importações em torno de US$ 50
bilhões.
O secretário de Comércio Exterior do
MDIC ressaltou, ainda, que o novo Repetro, regime aduaneiro especial que isenta
bens destinados à exploração de petróleo, fará as subsidiárias de petroleiras
trazerem ao país plataformas de petróleo e demais equipamentos registrados no
exterior. Essa medida, admitiu o secretário, deverá impactar a balança
comercial, mas de forma gradual porque as empresas do setor têm até dois anos
para se adaptar às novas regras.
“No momento, não dá para estimar em
quanto o novo regime vai aumentar as importações e reduzir o saldo da balança
comercial, até porque outros produtos além das plataformas de petróleo estão
registrados em subsidiárias fora do país. No entanto, a internalização desses
equipamentos dependerá do cronograma de cada empresa, que tem até dois anos
para se adequarem ao novo Repetro”, declarou Abrão Neto.
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