A Rússia e o Brasil, dois países de extensão continental, aprofundaram as relações bilaterais nos últimos anos. Em 2017, o
intercâmbio de negócios registrou aproximadamente US$ 5,3 bilhões,
sinalizando a retomada econômica nas duas nações, conforme dados do
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). A meta projetada pelos dois governos é de atingir US$ 10 bilhões em
trocas comerciais.
A Rússia é hoje o 15º
principal parceiro comercial do Brasil no ranking de exportações e 13º
no ranking de importações. O intercâmbio ainda se concentra em poucos
produtos e de baixo valor agregado. Paralelamente, está em vigor desde
2010 um acordo bilateral para a isenção de vistos de curta duração, que
tem contribuído para o aumento do fluxo de turistas entre os dois
países.
Com limitações climáticas
causadas pelo longo e intenso período de frio, os russos precisam se
abastecer com produtos de outros países. Carnes, sementes, açúcares,
produtos de confeitaria e preparações alimentícias diversas estão entre
os itens mais exportados para a Rússia.
Em 2016, 60% do que eles
importaram de proteína animal foram fornecidos pelo Brasil. Nesse
cenário de adversidade climática, os produtores brasileiros têm atendido
a essas demandas. O país, agora, tenta ampliar e diversificar a pauta
de produtos que compõem a troca comercial entre as duas nações,
principalmente no segmento agropecuário.
Ao mesmo tempo, adubos e
fertilizantes são as mercadorias russas mais vendidas ao Brasil.
Combustíveis minerais, alumínio e ferro fundido também, fazem parte de
uma longa pauta de produtos no comércio bilateral. Os russos têm
ampliado os investimentos no setor produtivo brasileiro.
Em junho do ano
passado, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos
Pereira, assinou um protocolo que agiliza o desembaraço aduaneiro de
produtos brasileiros que utilizam o Sistema Geral de Preferências (SGP)
russo. Atualmente, mais de 2,7 mil produtos brasileiros podem se
beneficiar de preferências tarifárias oferecidas pelo SGP russo, o que
alcança mais de 50% das exportações brasileiras para aquele mercado. (imagem de São Petersburgo, segundo cidade mais importante da Rússia)
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