O calado
operacional do Porto de Santos (SP) foi ampliado em 30 centímetros e chegou a 13,5
metros em boa parte do canal de navegação. A nova regra passou a valer no
trecho que vai da entrada da Barra de Santos até a região da Alemoa. Com isso,
as embarcações poderão transportar uma quantidade maior de cargas, ampliando as
operações no complexo portuário santista.
O calado é a altura da parte do casco
do navio que fica submersa (medida entre a quilha e a linha d´água). Essa
medida é um limite que garante a segurança da navegação, para impedir que o
navio afunde demais e acabe encalhando.
A decisão de ampliar o calado do
Porto de Santos foi tomada no final do mês passado. O aumento de 30 centímetros
foi garantido à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) cerca de um mês
após o início da dragagem pelo consórcio formado pelas empresas Boskalis do
Brasil e Van Oord Operações Marítimas.
No ofício enviado pela
Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) à Autoridade Portuária, o capitão de
mar e guerra Daniel Américo Rosa Menezes sugere que o calado passe a ser de
13,5 metros em condições normais e de 14,5 metros em períodos de maré alta. Até
o final de junho, o calado de boa parte do canal era de 13,2. Apenas o último
trecho, depois do píer da Alemoa, não foi alterado, permanecendo com 12,7
metros.
A proposta da CPSP foi feita depois
de análise de levantamentos hidrográficos apresentados pela Docas e de estudos
realizados pela Praticagem. “Foi feita uma campanha de dragagem longa e os
estudos identificam uma folga (de profundidade) segura naquela região”, afirma
o capitão dos portos.
A Autoridade Marinha condiciona a
ampliação do calado ao acompanhamento da profundidade da área de navegação do
Porto. A Codesp terá de realizar batimetrias a cada três meses em todos os
trechos do canal. "Temos que trabalhar com uma precisão maior”, destacou o
comandante da CPSP.
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