sexta-feira, 13 de julho de 2018

Calado operacional do Porto de Santos é elevado para 13,5 metros


          O calado operacional do Porto de Santos (SP) foi ampliado em 30 centímetros e chegou a 13,5 metros em boa parte do canal de navegação. A nova regra passou a valer no trecho que vai da entrada da Barra de Santos até a região da Alemoa. Com isso, as embarcações poderão transportar uma quantidade maior de cargas, ampliando as operações no complexo portuário santista.
          O calado é a altura da parte do casco do navio que fica submersa (medida entre a quilha e a linha d´água). Essa medida é um limite que garante a segurança da navegação, para impedir que o navio afunde demais e acabe encalhando.
          A decisão de ampliar o calado do Porto de Santos foi tomada no final do mês passado. O aumento de 30 centímetros foi garantido à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) cerca de um mês após o início da dragagem pelo consórcio formado pelas empresas Boskalis do Brasil e Van Oord Operações Marítimas.
           No ofício enviado pela Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) à Autoridade Portuária, o capitão de mar e guerra Daniel Américo Rosa Menezes sugere que o calado passe a ser de 13,5 metros em condições normais e de 14,5 metros em períodos de maré alta. Até o final de junho, o calado de boa parte do canal era de 13,2. Apenas o último trecho, depois do píer da Alemoa, não foi alterado, permanecendo com 12,7 metros.
          A proposta da CPSP foi feita depois de análise de levantamentos hidrográficos apresentados pela Docas e de estudos realizados pela Praticagem. “Foi feita uma campanha de dragagem longa e os estudos identificam uma folga (de profundidade) segura naquela região”, afirma o capitão dos portos.
          A Autoridade Marinha condiciona a ampliação do calado ao acompanhamento da profundidade da área de navegação do Porto. A Codesp terá de realizar batimetrias a cada três meses em todos os trechos do canal. "Temos que trabalhar com uma precisão maior”, destacou o comandante da CPSP.

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