sexta-feira, 20 de julho de 2018

Diretor da Maersk diz que "revolução digital vem a passos gigantes"


         O diretor para a Costa Oeste da América do Sul da Maersk Line, Francisco Ulloa, afirmou nesta quinta-feira, 19, que “a revolução digital vem a passos gigantes na indústria da navegação”. Segundo ele, existem milhares de movimentos possíveis hoje no comércio internacional, e que precisam estar interligados, tornando-se o principal desafio do setor.
         Para o executivo, a burocracia que rodeia as operações marítimo-portuárias podem se refletir no registro ocorrido em 2014, a partir de um embarque de flores do Quênia, na África, até a Holanda, na Europa. A operação envolveu mais de 30 atores, 200 interações e centenas de documentos para assinar e validar. Ulloa observa que o que poderia parecer impossível acabou acontecendo. “É o que se espera de companhias modernas e sistemas interconectados em um setor que move mais de 90% do volume do comércio internacinal, e isto segue sendo cada vez mais, uma realidade”.
         Em um entorno cada vez mais interrelacionado, explica o executivo, com economias ao alcance da mão e infinitas possibilidades para o intercâmbio de produtos e serviços entre um ponto e outro do planeta, resultado desafiante que a comercialização está sujeita a mecanismos que estão longes de ser os que se esperava no século 21. “Se pensarmos que a última grande revolução de nosso setor foi a incorporação dos contêineres como complemento dos embarques a granel na década de 60. Até 2020, ainda teremos muito por fazer”, prognosticou.
     Segundo Ulloa, a digitalização, inclusão, tecnologia, eficiência da cadeira logística, monitoramento em linha, internet, cadeia do frio, são conceitos que estão integrando-se com força, simplificando os processos e permitir que qualquer empresa, em qualquer parte do mundo e com qualquer produto ou serviço, pode participar do intercâmbio comercial e ser parte do desenvolvimento da economia dos países.
         “São estes mesmos conceitos os que estão se materializando em ferramentas e processos que fazem com que as empresas possam antecipar-se e gestionar o volume de transporte marítimo que, segundo estudo da consultoria McKinsey, em 50 anos poderá triplicar ou quintuplicar o atual”, sustentou o dirigente.

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