quarta-feira, 25 de julho de 2018

Exportações para a Aliança do Pacífico poderiam ter quase US$ 4 bilhões a mais na última década

          O Brasil poderia ter exportado no ano passado US$ 3,99 bilhões a mais para a Aliança do Pacífico caso tivesse mantido a mesma participação no comércio exterior com este bloco verificada na última década. O cálculo foi apresentado nesta quarta-feira (25) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), dia em que chefes de Estado do Mercosul e da Aliança do Pacífico se reuniram no México - que integra a Aliança junto com Colômbia, Peru e Chile.
          Números divulgados pela CNI mostram que, na última década, o Brasil exportou menos para os países da Aliança do Pacífico, com exceção do Chile. De acordo com a entidade, entre 2008 e 2017, a participação do Brasil no total de importações realizadas pelo México caiu de 1,7% para 1,3%. Nas vendas para a Colômbia, a redução foi de 5,9% para 5%. Com o Peru, caiu de 8% para 6%. No caso do Chile, houve leve incremento nas exportações brasileiras, passando, no mesmo período, de 8,4% para 8,6%.
          Na avaliação dos representantes da indústria, os acordos comerciais e a negociação de temas não tarifários dos os países da Aliança do Pacífico com Estados Unidos e União Europeia têm contribuído para que o Brasil concorra em condições menos favoráveis. A CNI considera que a reunião no México é uma oportunidade para o país aprofundar a agenda de acordos comerciais e tratar de temas não tarifários, como a redução de burocracia no comércio entre os blocos e a eliminação de barreiras técnicas sanitárias e fitossanitárias.
          “O Mercosul precisa ampliar e fortalecer os acordos com a Aliança do Pacífico não só pela proximidade geográfica, mas para construir normas e regulamentos aceitáveis entre os países, facilitando e estimulando cada vez mais a relação entre os blocos”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário