O risco de que o transporte marítimo de
contêineres entre em uma guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos é
atualmente baixo, mas potencialmente possível mais adiante. A previsão é da
Container Forecaster, publicada pela agência Drewry.
“No informe de março publicamos que tínhamos esperança de uma resolução
pacífica. No entanto, agora devemos admitir que o risco de se transformar em
realidade é grande. A pergunta, então, é qual seria a intensidade, caso venha a
acontecer? “, indagou o gerente sênior de investigação de contêineres da Drewry
e editor da Container Forecaster, Simon Heaney.
As
sobretaxas adicionais de 25% na primeira lista de 818 produtos chineses,
correspondendo a um valor aproximado de US$ 34 milhões estão programadas para
serem aplicadas pela Aduana norte-americana a partir de 6 de julho. Atualmente,
está sendo revisada uma segunda lista de 284 produtos que envolvem mais US$ 16
milhões. E existem, ainda, ameaças de outros US$ 400 milhões em resposta as represálias
A
última edição da Container Forecaster analisa três possíveis cenários para o
comércio transpacífico de contêineres, baseados na intensidade de uma gerra
comercial que vão desde sobretaxas de US$ 50 milhões a US$ 450 milhões,
aplicadas às importações da China dos Estados Unidos.
No
pior dos casos, a Drewry calcula que se poderão perder até 1,8 milhões de teus,
equivalentes a 1% do transporte marítimo mundial embarcado durante a dita
guerra comercial sino-americana. O impacto, por enquanto, com as listas
iniciais, ainda é pequeno, em torno de 200 mil teus.
A
investigação da Drewry mostra que as listas revisadas anunciadas em 15 de junho
teriam uma grande importância para os itens industriais e, além da China,
envolvem outros parceiros comerciais. Apenas a China exportou cerca de 13%$ do
constante na primeira lista de produtos dos EUA em 2017 e cerca de 8% dos itens
da segunda lista.
“Com outras opções de abastecimento disponíveis, os aumentos de tarifas
sobre os produtos chineses destas listas iniciais provavelmente criariam uma
pequena quantidade de desvios comerciais e elevariam as perspectivas de outros
sócios exportadores para os EUA”, assegurou Heany.
“A
atual ameaça para a demanda de contêineres é relativamente baixa, inclusive
quando se consideram medidas de olho por olho e disputas com outros sócios
comerciais. Mas existe claramente a possibilidade de que estas coisas se tornem
mais obscuras”, assinalouy Heaney. “Talvez o maior risco seja a imprevisibilidade
de tudo e o potencial golpe na confiança que se daria na economia mundial,
justo quando esta parece ter encontrado uma saída”, disse ele. “As disputas
comerciais roubam o brilho da retomada do crescimento do comércio global,
observada nos primeiros meses deste ano, impulsionada pela aceleração da
economia mundial”, lamentou.
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