O gerente geral da APNP (Autoridade Portuária
Nacional do Peru), Guillermo Bouroncle, explanou a atualização do Plano de
Desenvolvimento Portuário do país no 17º foro de Portos da Câmara de Comércio
de Lima, realizado nesta semana. Ele destacou que os problemas identificados
que afetam a evolução do setor são a falta de modernização da gestão dos
processos logísticos, a cogestão do sistema, a insegurança no entorno dos
terminais portuários, o tráfico ilícito de drogas dentro das instalações
portuários e o déficit de infraestrutura e equipamento portuário. Os
investimentos deverão somar US$ 2,014 milhões.
Para superar estas dificuldades, a APNP elaborou o Plano, um documento
técnico-normativo cujo objetivo é orientar, impulsionar, ordenar, planificar e
coordenar o setor portuário peruano. O Plano envolve cinco linhas estratégicas.
A primeira consiste na busca de promover o fortalecimento do marco
institucional do sistema portuário do país. A partir dele, promover a
atualização do marco jurídico, liderar o aperfeiçoamento da cadeia logística do
país.
Entre as medidas propostas, a primeira busca impulsionar o modelo de
relação das dez autoridades portuárias regionais: Loreto, Piura, Lambayeque, La
Libertad, Ancash, Ucayali, Lima Provincias, Madre de Dios, Puno e Moquegua. A
segunda pretende potencializar a modernização das infraestruturas e a
conectividade e estimular investimentos para o desenvolvimento das estruturas
necessárias. A Terceira, envolve o fomento da competitividade dos serviços
portuários. A quarta trata de impulsionar a integração das atividades
logístico-portuárias. A quinta visa a integrar a área toda de maneira
sustentável na relação Porto-Cidade.
Essa linha estratégica pretende fomentar o desenvolvimento sustentável
da infraestrutura portuária peruana que atualmente conta com 85 instalações
portuárias, 28 delas de uso público, e outras 57 de uso privado, que reúne
terminais de hidrocarburetos, granéis e multipropósito.
Todas estas instalações movimentaram, em conjunto, 103.917.031 toneladas
métricas em 2017, 10% acima do registrado no ano anterior. Já as operações com
contêineres no mesmo período se elevou a 2.540.993 teus, 9,5% a mais na
comparação com o registrado em 2016.
Os recursos já definidos serão aplicados pela TP Fosfatos Fosfac,
Multiboyas Consorcio Terminalkes, HP TP Multiboyas Petroperú e HP Chancay.
Estão em estudo por empreenderes privados, os investimentos na TP Lambayeque ,
TP Salaverry , TP Chimbote, TP San Juan de Marcona e TP Ilo.
Já os planos de investimentos na modernização de portos fluviais e
hidrovias alcançaram US$ 201 milhões. Neles figuram os projetos em estudo dos
terminais de passageiros Yurumiguas-Nauta, de Iquitos-Santa Rosa, TP Santa
Rosa, TP Iquitos e os terminais portuários de Passageiros Pucallpa-Atayala. Está
em estudo também investimentos no TP Pucallpa.
O
Ministério dos Transportes do Perú também contabiliza novos investimentos, num
total de US$ 24,008 milhões, para o período 2016/2021. Esse montante será
destinado a construção e melhorias em terminais, aeroportos e sistemas de
integração multimodal com visão logística.
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