Representantes das indústrias do Brasil e da Alemanha assinaram carta
em que defendem a conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União
Europeia. O documento foi assinado pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Federação das Indústrias Alemã (BDI) e pelo Conselho da Indústria
Alemã para a América Latina (LADW). Para as entidades, existem
condições políticas favoráveis para que o acordo seja firmado.
As negociações entre os blocos tiveram início em 1999 e foram
interrompidas entre 2004 e 2010. A expectativa do setor empresarial é
que o acordo seja concluído ainda este ano, o que representaria o
maior acordo de livre comércio firmado pelo Brasil, impactando na
redução das barreiras tarifárias e não tarifárias de serviços e aumento
dos investimentos bilaterais. De acordo com a CNI, a União Europeia é o
principal investidor no Mercosul, e o Mercosul é o sexto investidor no
bloco europeu.
Está previsto para amanhã (18) encontro, em Bruxelas, entre ministros dos dois blocos.
No entanto, o comissário europeu de Agricultura, Phil Hogan, disse
nessa segunda-feira (16), em Bruxelas, que a União Europeia não está
satisfeita com os progressos das negociações para o acordo comercial e
descartou a hipótese de um pacto definitivo ser anunciado ainda nesta
semana.
Hogan citou que há impasse em sete questões: carros, peças de
veículos, regras de origem, licitações, serviços marítimos, produtos
lácteos e indicações geográficas.
Também estão na lista de preocupações do Mercosul os temas relativos à
carne bovina, ao açúcar e ao etanol. Mais recentemente entrou em
discussão a pressão da União Europeia para reduzir o percentual das
tarifas de importação de automóveis.
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