segunda-feira, 16 de maio de 2016

Moreira Franco diz que é preciso modelo de negócios viável e transparente para novos leilões de concessão em infraestrutura

         O secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), Moreira Franco afirmou que é preciso um modelo de negócios que seja viável, com atos regulatórios claros, papéis definidos e transparência para lançar novas concessões de infraestrutura. "Não há concorrência, sempre as mesmas empresas disputam as obras", criticou o representante do governo do presidente interino Michel Temer.
         Segundo ele, a situação econômica é desesperadora e a fiscal é caótica. "Nesse ambiente, não dá para manter o modelo de ter o Estado como núcleo indutor do investimento, porque não há dinheiro. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por exemplo, não vai poder fazer o que fez, porque quebrou", denunciou.
         "Como temos um conselho, vou me reunir com os ministros e órgãos de cada área para ver o que está faltando, tudo dentro de um cronograma", esclareceu Moreia, que tem status de ministro. "Para mim, não existe PAC (Programa de Aceleração do Crescimento, do governo Dilma Rousseff). Sei é que precisamos estimular a parceria  de investidores para que possamos voltar a crescer", adiantar.
         Moreira explicou que a obsessão e Temer é crescer. "Esse não é o nome apenas de um programa, é um conceito, um estímulo à parceria," destacou. O secretário do PPI falou ainda sobre a participação da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) nos aeroportos leiloados à iniciativa privada. "Eu sempre fui contra, a Infraero está quebrada, quem põe dinheiro é o Tesouro, que também não tem recursos", acrescentou.

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