sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Tegram fará mais investimentos em novas tecnologias que beneficiam o transporte de cargas




         O Tegram (Terminal de Grãos do Maranhão) anunciou mais investimentos em novas tecnologias que beneficiam o transporte de cargas, prometendo oferecer um serviço totalmente automatizado. Para isso, R$ 600 milhões já foram aplicados até o momento somente na primeira fase, que habilitou o terminal a movimentar cerca de 5 milhões de toneladas. Outros R$ 120 milhões já estão programados para a segunda fase, com utilização de um segundo berço no porto do Itaqui, a partir da qual será possível movimentar até 10 milhões de toneladas.
        O Terminal, localizado no Porto de Itaqui, possui acessos rodoviários e ferroviários – pelas ferrovias Norte-Sul, Carajás e Transnordestina –, o que lhe permite sair na liderança na disputa pelas cargas de grãos no eixo norte do Brasil. No último ano, o Tegram superou as expectativas das empresas consorciadas, que esperavam movimentar um volume próximo a 2 milhões de toneladas, e registrou o resultado final de 3,4 milhões de toneladas, entre soja, milho e farelo de soja. Como atrativos, o terminal oferece uma operação totalmente automatizada, com níveis de produtividade compatíveis aos dos mais modernos portos especializados em grãos no mundo.
        Segundo o diretor de Logística e Infraestrutura do Grupo CGG e porta voz do Tegram, Luiz Cláudio Santos, o consórcio investiu pesadamente em novas tecnologias que pudessem contribuir para a redução do tempo de permanência de navios no porto. “Essas novas tecnologias e equipamentos fazem do Tegram um dos portos mais modernos do mundo, e tudo isso visando o crescimento e o atendimento da demanda crescente de grãos brasileiros para os mercados ao redor do mundo”, afirmou.
        Entre os destaques do porto, estão equipamentos de automação, sistemas de segurança, balanças de fluxo com precisão, shiploader com capacidade para 2.500 toneladas por hora e esteiras modernas monitoradas por meio de um centro de controle, permitindo o carregamento de navios de 65 mil toneladas em até 1 dia e meio.
        Na área ferroviária, o destaque fica para a maior capacidade para descarregar até 8 vagões simultaneamente, perfazendo cerca de 32.000 toneladas por dia. “Além disso, o terminal dispõe de 8 modernos tombadores de 25 metros, sendo 2 por armazéns, que permitem descarregar até 800 caminhões (ou cerca de 28.000 toneladas) por dia, 4 armazéns graneleiros com capacidade de 125.000 toneladas cada, totalizando 500 mil toneladas estáticas”, destacou Santos.
          Ele relatou que, com a construção do Tegram e início das suas operações em 2015, foi possível abrir na região norte do País uma nova rota de exportação de grãos, de fundamental importância, trabalhando sobre dois pilares principais: o descongestionamento dos portos da região sul e sudeste do Brasil (Santos e Paranaguá) e a possibilidade de crescimento da produção na região do MATOPI e Nordeste do MT.
         “Estima-se que existam mais de 5 milhões de hectares disponíveis nestas regiões para a produção de grãos e a chegada deste importante porto possibilita tal crescimento, pois a principal dificuldade para a produção de novas áreas é a infraestrutura portuária. Lembrando que este projeto era um sonho antigo de todos os envolvidos na cadeia do Agronegócio da região Norte do Brasil”, acrescentou Santos.
          O terminal, que integra os modais rodo e ferroviário, eixo importante para a cadeia logística como um todo, visa a privilegiar ainda ao máximo o modal ferroviário, já que a região produtora que tem como destino o Tegram possui uma vantagem significativa: a existência da ferrovia Norte- Sul, que corta os estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. “Portanto, este modal atenderá a todas as regiões, onde foram investidas significativas cifras pela empresa que detém a concessão da ferrovia no trecho compreendido por Palmas x Açailândia”.
          Para atender ao Tegram, a VLI construiu 2 grandes terminais de transbordos rodoferroviário, em Palmeirante, e Porto Nacional, no Tocantins. “É importante salientar que esta ferrovia, concluída recentemente até o trecho de Anápolis em Goiás, possui linhas com bitola larga e com vagões que poderão carregar até 100 toneladas de grãos por vagão, portanto, é uma ferrovia de alta performance”, ressalta ele.
         Com isso, acrescenta, o Tegram estima movimentar seu volume no pico de 10 milhões de toneladas, cerca de 70 a 80 % pelo modal ferroviário e o restante através do modal rodoviário, “tirando assim milhares de caminhões das precárias rodovias do Norte do país”. Para 2016, a expectativa é chegar a 4,5 milhões de toneladas de grãos entre soja, milho e farelo de soja.


 

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