domingo, 31 de janeiro de 2016

Diretor da Bunge afirma que indústria brasileira de açúcar está chegando "a um ponto de virada"

         A indústria brasileira de açúcar está chegando a um ponto de virada, uma vez que a escassez mundial leva a preços mais estratégicos, em um momento em que a depreciação do real reduz os custos de produção. A avaliação é da Bunge, companhia que conta com oito usinas no país.
         Maior produtor do mundo, o Brasil terá de aumentar a produção na próxima década para atender à crescente demanda, afirmou o diretor-executivo da empresa, Soren Schoreder, na Dubai Sugar Conference, encontro privado para 400 líderes dessa indústria. Os déficits de abastecimento global previstos para esse ano e o próximo vão resultar na estabilização dos preços, previu.
         Os contratos futuros de açúcar negociados em Nova Iorque subiram 5% no ano passado, depois de quatro anos de declínio. Em 2015, o produto teve o terceiro melhor desempenho no índice Standard & Poor de 24 matérias-primas. A queda de mais de 30% do real está impulsionando os ganhos para os usineiros que vendem a mercadoria em dólar, além de reduzir os custos de um pico atingido em 2011, explicou Shroeder.
         "Acreditamos que a moagem de cana-de-açúcar brasileira e também a indústria do etanol estão em um ponto de virada, que chegamos ao fundo", afirmou o CEO da Bunge, que movimentou cerca de 6,5 milhões de toneladas por ano em sua divisão de açúcar e bioenergia. "Há luz no fim do túnel", comemorou Schoreder.

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