sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Bolsas europeias operam em alta nesta sexta-feira, estimuladas pela alta das commodities

        As bolsas europeias operam em altas consideráveis na manhã desta sexta-feira (22), reagindo a sinais de que o Banco Central Europeu (BCE) pode adotar mais estímulos já em sua próxima reunião, em março, e também beneficiadas pela alta das commodities, sobretudo do petróleo. O quadro abre espaço para uma recuperação nos índices acionários, após várias sessões turbulentas neste início de ano.
         O BCE manteve a política monetária ontem, mas o presidente da instituição, Mario Draghi, disse na entrevista coletiva após a reunião que novas medidas de relaxamento monetário podem ser adotadas em março. Nesta sexta-feira, falando no Fórum Econômico Mundial em Davos, Draghi reiterou que a instituição tem "todos os instrumentos" necessários para impulsionar a inflação e o crescimento e está disposto a lançar mão deles. Segundo Draghi, o quadro no crescimento e na produção da zona do euro não é ruim, mas a inflação "nos dá menos razão para ser otimistas, por ora".
         Nesse cenário de expectativa por mais estímulos, o petróleo encontra um motivo para voltar a subir, após tocar mínimas em 12 anos nesta semana. Os contratos em Londres e Nova Iorque sobem mais de 4% nesta manhã, o que beneficia empresas do setor. O cobre também sobe, embora com bem menos ímpeto, o que também colabora para a alta entre as empresas ligadas a commodities.
        A ação da petrolífera BP avançava 3,29% e a da Royal Dutch Shell tinha alta de 5,17%, às 8h15min (de Brasília). Entre as mineradoras, Antofagasta subia 5,61% e BHP Billiton tinha alta de 3,44%. As ações do setor financeiro também se beneficiavam desse contexto. O papel do Lloyds avançava 2,94%, em Londres, enquanto Santander tinha alta de 3,77% em Madri e Société Générale ganhava 3,74% em Paris.
         O otimismo com os sinais de Draghi faz com que os investidores dessem menos peso hoje para alguns indicadores já divulgados. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu de 54,3 em dezembro para 53,5 em janeiro, no menor nível em 11 meses, ante expectativa de 54,1 dos analistas. Apesar da redução, leituras acima de 50 indicam expansão da atividade.
         No Reino Unido, as vendas no varejo tiveram queda mensal de 1,0% em dezembro, pior que o recuo de 0,3% esperado pelos economistas. Às 8h30min (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 2,05%, Frankfurt avançava 1,77%, Paris tinha alta de 2,97%, Madri subia 3,07% e Milão, 1,87%. No mercado cambial, o euro caía a US$ 1,0842, enquanto a libra subia a US$ 1,4251.

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