A Petrobras colocou em seu programa de desinvestimento para este ano a venda de participação na Transpetro, subsidiária de transportes da estatal (com navios petroleiros e por gasodutos e oleodutos). O diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro, informou que a forma como poderá ser feita a venda de ativos da Transpetro começou a ser examinada na última quinta-feira.
"Tivemos a primeira apresentação do banco que foi contratado para nos dizer qual a visão dele sobre a Transpetro. Isso está no início do início", afirmou o diretor. Esse estudo do banco será levado à área de negócios da Petrobras, que fará uma avaliação técnica para apresentar o resultado de seus estudos e avaliação para a diretoria colegiada. O processo só terá início caso a diretoria aprove.
Segundo Monteiro não está nada definido sobre como será a venda de participação na Transpetro, que poderá ser dividida: a parte do transporte de petróleo e derivados por navios e a operação dos gasodutos e oleodutos. Movimento semelhante foi feito com a Gaspetro para a venda de 49% do seu capital, mas referente apenas à parte na qual a Petrobras tinha participação nas distribuidoras de gás estaduais.
"Pode acontecer de dar errado de ou aparecerem poucas propostas, ou nenhuma proposta que a gente imaginou. Não tem problema. A gente abandona, porque não dá para ficar chorando, e vai para outras coisas", adiantou o diretor. Ele revelou que estão em análise na companhia entre 20 e 30 projetos em seu programa de desinvestimento. Alguns estão em processo mais adiantado de análise e outros não. Se o conjunto de projetos não conseguirem alcançar a meta de US$ 14,4 bilhões, serão adicionados novos projetos.
"Entram e saem projetos. São vários processos andando em paralelo uns bastante maduros, outros menos e alguns na face de concepção", salientou o diretor. Entre os projetos do programa de desinvestimento, Monteiro manifestou surpresa com o interesse demonstrado por investidores em relação às unidades de fertilizantes da companhia. Isso mostra, segundo o diretor, que apesar do cenário internacional adverso, os ativos da estatal são interessantes, inclusive pelo fato de a Petrobras nunca tê-los colocado à venda.
A mudança dessa tradição, relatou, está sendo feita pelo convencimento. "Nós nos reunimos com as áreas e convencemos da importância daquele projeto ser vendido para a instituição. Isso não é feito pela força, e sim pelo convencimento", finalizou Monteiro.
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