quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Custo do transporte rodoviário em janeiro supera o frete cobrado pelas empresas em 12,9%

         O custo do transporte rodoviário no Brasil superou, em janeiro deste ano, o frete cobrado pelas empresas em 12,9%, mostra pesquisa feita nesta quinta-feira pela NTC&Logística com 300 companhias do segmento, durante a realização do Conselho Nacional de Custos, Tarifas e Mercado, o Conet. A diferença é menor do que a observada em janeiro do ano passado, de 14,11%, mas superior à verificada em agosto, de 10,14%. O levantamento é realizado duas vezes por ano.
         Segundo Lauro Valdivia, assessor técnico da NTC&Logística, o aumento da diferença na comparação com agosto se deve a uma combinação de vários fatores mencionados pelos empresários, mas destacou três deles: a elevação do preço do combustível, a alta dos salários dos funcionários e a menor demanda por transporte de carga, como consequência da recessão.
         Com o custo superior ao frete cobrado, as empresas se veem obrigadas a tomar algumas medidas para conseguir se manter no mercado. "Por exemplo, o setor demora alguns anos para trocar seus caminhões. O dinheiro que elas usariam para comprar novos caminhões acaba sendo utilizado para bancar esse prejuízo. Com isso, a idade média da frota vai aumentando", explicou Valdivia.
         Para 2016, ele espera um novo aumento da diferença entre o frete e o custo, mas de forma mais gradual. "As empresas já estão se adaptando à nova situação da economia e há uma expectativa de que o PIB não caia tanto quanto caiu em 2015", afirmou.
         Durante o Conet, a NTC apresentou também estudo sobre a variação média do INCT-F e do INCT-L (Índice Nacional do Custo do Transporte de Carga - Fracionada e Lotação). Enquanto o primeiro aumentou 9,46% em 2015, o segundo subiu 9,01%. Entre os principais insumos, o óleo diesel teve aumento de 13,49% nos últimos 12 meses e o salário de motoristas teve alta de 9%.

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