terça-feira, 28 de junho de 2016

Redução no tempo de viagens gera oportunidades de negócios para o Ceará


         A diminuição do tempo de viagens dos grandes cargueiros entre a Ásia e o Brasil gera oportunidades para o comércio exterior brasileiro em geral, e para o cearense, em particular. Entre as possibilidades de negócios para o Estado, estão os setores exportadores de frutas, granito, calçados e de minério de ferro. Com a nova rota, os melões cearenses, por exemplo, poderão chegar à China em 30 dias, 10 a menos do que pela rota atual, que sai do Porto de Santos, passando pelo Cabo da Boa Esperança, no sul da África.
                                                                       Hub port
         Para as frutas, que já contam boa participação no mercado asiático, em particular o do Japão, a redução da viagem é ainda mais importante, por serem perecíveis. "Para nós, as frutas seriam o grande produto para exportação", diz Danilo Serpa. Em 2015, as exportações de melão renderam US$ 154,3 milhões ao Brasil. E para 2016, a expectativa da Abrafrutas é alcançar US$ 850 milhões, chegando na marca de US$ 1 bilhão em exportações até 2018.          "Muito se fala no hub do aeroporto, mas esse hub do Porto do Pecém é uma realidade. E os benefícios serão imediatos, pois as empresas já estão se antecipando", diz o empresário Luciano Cavalcante, que investe em um complexo imobiliário na região, a Cidade Cauype. "Independentemente de crise, lá é a região que mais vai crescer no Ceará, e as pessoas terão de morar lá".
         De acordo com um plano de negócios elaborado pela Cearáportos, em parceria com o Porto de Rotterdam, da Holanda, a expectativa é de que em 2030 o Porto do Pecém movimente 54 milhões de toneladas por ano. Podendo chegar a 70 milhões de toneladas, num cenário otimista e 40 milhões de toneladas num cenário pessimista. "Esse fluxo leva em consideração também uma séria de outros investimentos, como o parque de tancagem, e a operação da (ferrovia) Transnordestina, prevista para começar no segundo semestre de 2018", diz Serpa. (BC)

Nenhum comentário:

Postar um comentário