terça-feira, 14 de junho de 2016

Diretor-geral da OMC afirma que Brasil vive momento de turbulência e nega divergências com Serra

          O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo (foto), reconheceu que o Brasil vive momento de turbulência e negou divergências com o ministro de Relações Exteriores, José Serra. "Eu fico perplexo com as notícias no sentido de colocar como se o ministro Serra e eu estivéssemos em oposição. Não sei de onde vem isso, conversei com ele, nem eu e nem ele entendemos isso", disse, depois de encontro com o presidente interino Michel Temer, em Brasília.
          "Eu e ele (Serra) falamos exatamente a mesma coisa: que o Brasil tem que procurar avançar nos acordos comerciais", afirmou o dirigente, que é brasileiro. Ele garantiu que os dois "estão perfeitamente afinados" e que marcaram um encontro para esta terça-feira.
         No no início do mês, Serra havia questionado a legitimidade da OMC e disse que a instituição enfrenta imobilismo, falhou em derrubar os subsídios e barreiras sanitárias e fitossanitárias e ao apostar na Rodada Doha - o que leva o Brasil a condicionar seu engajamento a avanços objetivos. Para Azevêdo, a opinião de Serra não significa dizer que o Brasil vai abandonar a OMC.
         "O que ele disse é que em determinadas áreas, na área de abertura de mercados, a OMC não avançou muito, sobretudo, no contexto da Rodada de Doha. E é mais fácil avançar na abertura de mercado na área bilateral, por exemplo, do que multilateral e nós nunca discordamos",justificou Azevedo.

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