terça-feira, 14 de junho de 2016

Codesp realiza novo levantamento das profundidades do canal de acesso ao Porto de Santos


         A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) está começando um novo levantamento das profundidades do canal de navegação do Porto de Santos. A medida é necessária para verificar os pontos em que o assoreamento (deposição de sedimentos) mais comprometeu a segurança do tráfego aquaviário. Com isso, a estatal que administra o cais santista espera ter os subsídios necessários para o início da retirada de sedimentos (dragagem) da via marítima.
         Na semana passada, a Codesp aditou o contrato que mantém com a Van Oord Operações Marítimas, referente à dragagem de manutenção do trecho 1 do canal de navegação, que vai da Barra de Santos até o Ferry Boat. Com a medida, a empresa passou a cuidar dos trechos 2, 3 e 4, que vão do Ferry Boat até a Alemoa – áreas em que a retirada de sedimentos está suspensa desde fevereiro.
         A previsão inicial do presidente da Codesp, Alex Oliva, era de que a dragagem nesses três trechos começasse na última quinta-feira, o que não aconteceu. Nesta terça-feira, a estatal promete iniciar as batimetrias (levantamentos de profundidade) de parte do estuário.
         Os trabalhos vão começar pelo Trecho 3 do canal, que vai da Torre Grande ao Armazém 6, no Paquetá. Eles seguirão em direção ao Trecho 4, até a Alemoa. Esta última região foi a mais impactada pelo assoreamento nas três áreas nesses quatro meses em que a dragagem não ocorreu. Isso forçou a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) a reduzir o calado operacional nesses pontos, prejudicando as operações nos terminais localizados nestas áreas.
         De acordo com a Codesp, após o levantamento das profundidades, a estatal irá elaborar, em conjunto com a Capitania dos Portos, um plano para a dragagem “cirúrgica”. No entendimento da estatal, este procedimento integra as obras de dragagem.
         A efetiva retirada de sedimentos, contudo, deve demorar para começar. Isto porque não há uma draga destacada para o serviço. A embarcação que deveria realizar os trabalhos no Trecho 1, a Geopotes 15, encontra-se no Rio de Janeiro.
         Usuários do cais santista também temem que esta não seja a embarcação recomendada para o serviço, devido a suas características técnicas. A segunda opção é a draga Lelystad, que já atuou na manutenção das profundidades do complexo santista. O problema, neste caso, é que ela está fora do País e levará ainda mais tempo para chegar ao Porto.
         De acordo com a Docas, o levantamento das profundidades levará entre 10 e 15 dias. Mesmo assim, a estatal aponta que este pode se estender caso as condições marítimas não permitam o bom andamento dos trabalhos.


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